Completando cinco décadas de existência, programa vem mudando a matriz energética brasileira e incentivando o consumo de biocombustíveis
Rumo a uma economia verde, o programa foi tema do Fórum das Câmaras Setoriais do Agronegócio Paulista, no primeiro dia da Agrishow 2025. Com vantagens competitivas, aliada a alta tecnologia na cadeia produtiva, o uso de combustíveis renováveis, em especial o etanol, o programa transformou a matriz energética ao longo das últimas décadas. Lançado em 14 de setembro de 1975, o Proálcool foi o grande responsável por esse processo que não para de se renovar.
Presente na mesa de debate, o secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai, ressaltou que o Estado é um dos principais protagonistas, responsáveis pelo desenvolvimento do Proálcool. Com aproximadamente 200 usinas de cana, São Paulo bateu recorde de produção de etanol em 2024, com 36,8 bilhões de litros do combustível. Um aumento de 4,4% em relação a 2023. “E o Instituto Agronômico de Pesquisa (IAC) teve papel importante nesse avanço, lançando no mercado, variedades cada vez mais produtivas e resistentes às intempéries climáticas, pragas e doenças”, frisou Piai.
Seguindo o exemplo do Proálcool, o secretário falou com otimismo sobre a criação do Progás, que regulamentaria e incentivaria a cadeia produtiva do biometano. “O combustível já vem sendo testado com sucesso em frotas de várias prefeituras. Além disso, fabricantes de veículos já projetam carros movido a biometano. Um exemplo disso é a Toyota que lança na Agrishow, um protótipo da Hilux movida a biometano”, reforçou Piai.
Marcos Landell, diretor do IAC e Centro de Cana afirmou que variedades como a IACSP01-5503, contribuíram de forma incisiva para o sucesso do Próalcool. Ao longo dessas cinco décadas, o Instituto desenvolveu variedades cada vez mais produtivas, com maior longevidade de corte, melhor adaptação à mecanização e tolerantes a escassez hídrica. “Hoje temos canas produtivas até o oitavo ou nono cortes, com índices de produtividade superiores a 30%”, ressaltou.
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo