Mesmo com queda de 29% nas exportações, superávit se mantém. Já as importações cresceram 5,4%, aponta levantamento do Ciesp
São José do Rio Preto e os 102 municípios atendidos pelo Ciesp Noroeste Paulista apresentaram um desempenho positivo na balança comercial de janeiro a maio de 2025. De acordo com levantamento divulgado pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), a região que compreende à área de cobertura do Ciesp Noroeste Paulista alcançou um superávit de US$ 526,4 milhões nos cinco primeiros meses do ano.
No período, as exportações somaram US$ 656,9 milhões, representando uma queda de 28,7% em relação ao mesmo intervalo de 2024. Apesar do recuo nas vendas externas, a região conseguiu manter o superávit. Um dos possíveis motivos para esse resultado é a alta do dólar, que se manteve valorizado em relação ao real.
Já as importações atingiram US$ 130,5 milhões, um aumento de 5,4% na comparação com o ano anterior.
“Essa queda nas exportações pode refletir, em parte, a desaceleração da demanda internacional por alguns dos principais produtos exportados pela região, além de fatores cambiais e logísticos que impactaram a competitividade dos produtos brasileiros no mercado externo”, disse a diretora-titular do Ciesp Noroeste Paulista, Aldina Clarete D’Amico.
“Já o aumento nas compras externas pode indicar uma recuperação da atividade industrial e do consumo local, especialmente em segmentos que dependem de insumos e matérias-primas importadas”, finalizou a diretora.
Entre os principais produtos exportados, destacam-se açúcares e produtos de confeitaria (45%), carnes e miudezas comestíveis (20,6%) e preparações alimentícias diversas (12,1%). Já do lado das importações, os destaques foram peixes, crustáceos e moluscos (32,1%), leite, laticínios e ovos (23%), além de máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (16,2%).
A China liderou o ranking dos destinos das exportações regionais, com 22,1%. Em seguida, aparecem os Estados Unidos (6,7%) e a Índia (6,3%). No sentido oposto, o Chile foi o maior fornecedor de produtos para a região (29,5%), seguido pela China (25,4%) e pelos Estados Unidos (20,3%).
Fonte: Assessoria