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Especialistas destacam que a baixa luminosidade reduz a fotossíntese e compromete o enchimento dos grãos, mas estratégias como suplementação nutricional e escolha de cultivares adaptadas podem mitigar os efeitos na produtividade
A ocorrência de dias nublados prolongados, como temos observado em Sinop (MT) e outras regiões brasileiras, tem sido um desafio crescente para os produtores de soja, especialmente durante a fase de enchimento dos grãos. Com a redução da luz solar, a taxa de fotossíntese das plantas diminui, impactando diretamente a qualidade e o rendimento da produção. Para ajudar os agricultores a enfrentarem essa adversidade, Ricardo Allebrandt, agrônomo especialista no tema e coordenador técnico de mercado da Nitro – empresa brasileira de insumos agrícolas de nutrição e biológicos, destacou algumas estratégias fundamentais.
O especialista explica que o enchimento de grãos ocorre por meio da transferência de carboidratos, produzidos nas folhas pela fotossíntese, para as vagens e grãos. Quando a luminosidade é insuficiente, a produção de fotoassimilados é afetada, reduzindo o transporte desses compostos. “O impacto dos dias nublados na fisiologia da planta é direto: menos luz disponível significa menor produção de energia e, portanto, menor enchimento dos grãos”, afirma Ricardo.
Ele comenta que, embora não seja possível substituir completamente a fotossíntese, estratégias de manejo nutricional podem ajudar a mitigar os impactos da baixa luminosidade. O uso de aminoácidos de origem vegetal, por exemplo, tem se mostrado uma alternativa eficaz, fornecendo energia adicional para a planta durante períodos de estresse. “A glicose gerada no processo é fundamental para a respiração celular da planta, mas em sua ausência, outros compostos, como os aminoácidos, podem ser utilizados como fonte de energia. Nesse caso, a suplementação nutricional pode reduzir os impactos negativos da baixa luminosidade”, explica.
O agrônomo aponta que outra estratégia importante é a adubação foliar com nutrientes estratégicos como magnésio, potássio e boro. “O magnésio desempenha um papel relevante em várias etapas do metabolismo da planta, desde a interceptação da luz até o transporte de carboidratos para os grãos. Já o boro, por exemplo, auxilia na manutenção da sacarose na forma que é transportada, o que garante sua chegada até os órgãos reprodutivos da planta”, esclarece.
A escolha de cultivares adaptadas a condições de baixa luminosidade também pode minimizar as perdas, segundo Ricardo. Plantas com estrutura foliar que permitem melhor interceptação da luz difusa e que reduzem o sombreamento excessivo entre folhas apresentam melhor desempenho em períodos de nebulosidade prolongada. Além disso, o manejo fitossanitário adequado é essencial para manter as folhas realizando fotossíntese por mais tempo. A aplicação de produtos que inibem a produção excessiva do hormônio etileno, como aqueles à base de cobalto e níquel, pode ajudar a prolongar a atividade das folhas do baixeiro e reduzir o abortamento de vagens. “Não podemos controlar o clima, mas podemos adotar estratégias para minimizar seus impactos. Garantir um manejo nutricional adequado, escolher cultivares bem adaptadas e manter a sanidade da lavoura são medidas fundamentais para assegurar a produtividade”, conclui o especialista.
Sobre a Nitro
A Nitro é uma multinacional brasileira com quase 90 anos de história, com atuação nos segmentos de insumos para o agronegócio, especialidades químicas e químicos industriais. A Nitro ingressou no agro em 2019 e, em cinco anos no segmento, se consolidou como uma das três maiores empresas de nutrição e biológicos do setor. A Nitro conta com 6 unidades de produção no Brasil e 4 centros de Pesquisa e Desenvolvimento, além dos centros de distribuição, unidades internacionais e escritório administrativo em São Paulo (SP).
Fonte: Assessoria