Por Carla Gomes (MTb 28156) – Assessoria de Comunicação do IAC
O Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, levará para a Hortitec 2025 (Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas) suas tecnologias para o setor, incluindo as mais recentes cultivares de batata-doce, mandioca e batata inglesa, para que o público possa conhecê-las e se informar sobre as possibilidades de aquisição, incluindo opções para licenciamento e transferência de tecnologia. Além disso, haverá exposição das ações do Quarentenário IAC. O IAC estará com stand no setor azul (62/63). A 30ª edição deste evento será realizada de 25 a 27 de junho, em Holambra, interior paulista.
A equipe de especialistas do IAC, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, também, realizará um evento com foco em inovação para o setor hortícola, denominado “Bate-papo com o Instituto Agronômico-IAC”, dirigido a todos que se interessem em conhecer sobre as novidades que o IAC está disponibilizando no mercado. Vale ressaltar que esse evento tem sido realizado anualmente na Hortitec, com início em 2023.
Nesse evento, haverá apresentações tecnológicas, com degustação dos novos produtos IAC, no dia 25 de junho, das 13h30 às 15h30, sob a coordenação das pesquisadoras do IAC, Lilian Cristina Anefalos e Eliane Gomes Fabri. Dentre os temas apresentados estarão as recentes cultivares de batata-doce, batata inglesa, mandioca de mesa e de indústria, além de a tecnologia “Cultivo indoor IAC e as novas oportunidades para o mercado”, “Drones na horticultura: como aplicar de forma correta os produtos?”, “Quarentenário IAC: papel estratégico na análise fitossanitária de plantas do exterior”.
Entre os destaques dos produtos, que estarão em exposição no stand IAC na Hortitec, está a nova cultivar de batata-doce de polpa alaranjada, IAC Dom Pedro II, que possui 64,71 vezes mais carotenoides, responsável pela provitamina A. Além desta característica que atrai consumidores, a nova batata-doce IAC apresenta produtividade 48,60% superior à da principal variedade cultivada no Estado de São Paulo, chamada Canadense.
O consumo de 30 a 60 gramas de batata-doce IAC Dom Pedro II supre as necessidades diárias de betacaroteno. No organismo humano, o betacaroteno vai originar a vitamina A, que é antioxidante muito importante para a saúde, na prevenção de distúrbios oculares e doenças da pele, além de fortalecer a defesa do corpo contra infecções.
“Em cultivares de polpa branca, a concentração de betacaroteno é inferior a 1 micrograma, por grama, de polpa fresca de raiz. No caso da IAC Dom Pedro II, o teor pode chegar a 77 micrograma, por grama, de polpa fresca de raiz, por isso, ela é considerada uma cultivar de batata-doce biofortificada”, explica o pesquisador do IAC, Valdemir Peressin.
A IAC Dom Pedro II destacou-se por sua elevada produtividade comercial de 67,18 toneladas, por hectare. Este resultado foi a média dos cinco experimentos realizados. “Sua produtividade superou a dos materiais com as quais foi comparada na pesquisa. Foi 48,60% superior à principal variedade cultivada nas lavouras paulistas, a Canadense, e 74,90% superior à Mineirinha e 120,99 % superior à Uruguaiana”, explica Peressin.
O ciclo do novo material é de 100 a 120 dias na primavera/verão e de 120 a 150 dias no outono/inverno. Vale, também, destacar que pode ser uma opção nutricional bem interessante para alimentação escolar, através de programas públicos para aquisição de alimentos.
Essa cultivar foi desenvolvida por meio de técnicas de melhoramento genético convencional, isto é, não se trata de transgenia. Os pesquisadores responsáveis pela cultivar de batata-doce IAC Dom Pedro II são, além de Fabri e Anefalos, Valdemir Antonio Peressin, José Carlos Feltran, Sally Ferreira Blat e Juliana Rolim Salomé Teramoto.
A equipe de pesquisadores também irá expor as cultivares de batata-doce IAC Santa Elisa, IAC Amestista, IAC AL 134-01, IAC Clara e IAC Lavínia; as batatas-doces ornamentais IAC Mônica, IAC Katherine, IAC Claudia, IAC Yoka e IAC Mara; as cultivares de mandioca de mesa IAC 576-70, IAC 601 Vitaminada e IAC 28 Bruta; as cultivares de mandioca de indústria IAC 90 e IAC 118-95, além de plantas aromáticas e medicinais, cacau, pupunha e outras plantas hortícolas.
Outro destaque será a Estação Quarentenária, credenciada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária para realização de quarentenas de plantas que vêm de vários países. A equipe de pesquisa estará no local abordando esse serviço prestado pela Instituição.
A pesquisadora do IAC, Roberta Pierry Uzzo, é a responsável pelo setor e explica que se trata de um serviço técnico especializado oferecido pelo IAC para empresas multinacionais e também as de pequeno porte, universidades, instituições de pesquisa e colecionadores de plantas. O tempo de quarentena varia de acordo com a espécie, podendo ser de 90 a 120 dias. Tabaco e eucalipto, por exemplo, ficam de dois a três meses. Por ano, o Quarentenário realiza, em média, 160 quarentenas e avalia cerca de 15 mil acessos. Todo o trabalho segue regras de funcionamento de acordo com as Normas Internacionais para Medidas Fitossanitárias (NIMF34).
Serviço
Evento: 30ª Hortitec
Data: 25 a 27 de junho
Local: Parque da Expoflora – Alameda Maurício de Nasau, 675 – Holambra/SP
Mais informações: https://hortitec.com.br/home-2025/
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Assessoria de Comunicação
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(11) 5067-0068
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo