Correlacionando-se os preços do frango vivo com os do abatido, constata-se que neste ano a margem de preço entre eles vem atingindo o maior índice dos últimos sete anos, o que sugere aumento de independência das empresas integradas em relação à ave viva criada e disponibilizada por produtores independentes. Que, por sua vez, enfrentam a concorrência de algumas integrações.
No quadriênio 2019/2022 a situação foi bem diferente. Depois de, em 2019, a cotação média do frango abatido ficar 47% acima da obtida pela ave viva, esse índice veio decrescendo, até atingir o mínimo de 33,9% em 2022. Uma das decorrências, provavelmente, da pandemia de Covid-19.
De 2023 para cá essa diferença voltou a aumentar: subiu para 40% em 2023, alcançou 45% no ano passado e no primeiro bimestre de 2025 superou os 54% – aparentemente, o maior diferencial já registrado no setor.
A linha de tendência aplicada a esses desempenhos sugere que esse diferencial continuará aumentando à medida que o tempo avança.
Fundamental observar que as margens especificadas não representam lucro, visto que nelas estão embutidos todos os custos de processamento, refrigeração e distribuição da carne de frango.

Fonte: AviSite