Entre julho de 2024 e março de 2025, o crédito rural em São Paulo soma R$ 25,5 bilhões, o que representa 9,4% dos R$ 271,3 bilhões desembolsados em todo o país
Relatório elaborado pelo Departamento Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) apresenta o acompanhamento mensal do crédito rural. Nos nove meses de vigência do Plano Safra 2024/2025, foram desembolsados R$ 25,5 bilhões em crédito rural em São Paulo, valor que corresponde a 9,4% do total nacional e mantém o estado como o quarto maior demandante de recursos. O valor representa uma queda de 20,4% em relação ao mesmo período da safra anterior. Em número de contratos, foram registradas 40,7 mil operações de crédito, redução de 8,6%.
A maior parte dos recursos foi destinada à agricultura empresarial (R$ 20,5 bilhões), seguida pelo Pronamp (R$ 4,2 bilhões) e pelo Pronaf (R$ 892,8 milhões). Apesar da retração nos financiamentos para grandes produtores (-26,2%), houve crescimento nos repasses para os pequenos (+7,5%) e médios produtores (+18,3%).
Quanto à finalidade dos recursos, o custeio concentrou 61,6% do total desembolsado (R$ 15,7 bilhões), seguido por investimento (R$ 3,9 bilhões), comercialização (R$ 3,2 bilhões) e industrialização (R$ 2,6 bilhões). Todas as categorias registraram queda, com destaque negativo para a comercialização, que encolheu 38%.
Entre os programas voltados ao investimento, o Moderfrota liderou com R$ 687,3 milhões, apesar da queda de 3%. O Inovagro registrou crescimento expressivo de 66,6%, com desembolso de R$ 140,4 milhões.
Brasil
Em âmbito nacional, o Plano Safra 2024/2025 movimentou R$ 271,3 bilhões até março, uma queda de 18,7% em comparação com o ciclo anterior. A maior parte dos recursos foi destinada à agricultura empresarial (64,8%), enquanto o restante foi dividido entre Pronaf (17,7%) e Pronamp (17,5%).
Considerando a aplicação do crédito rural, os recursos foram majoritariamente direcionados ao custeio (57,1%), seguido por investimento (26,1%), comercialização (10,9%) e industrialização (5,9%). Todos esses segmentos registraram quedas.
O relatório completo e outras informações relevantes sobre o setor podem ser acessadas através do Painel de Dados da Faesp.
Fonte: FAESP
