Os preços ao produtor no Brasil apresentaram uma desaceleração em janeiro, registrando um aumento de apenas 0,13%, o menor em um ano, devido à redução nos custos alimentícios, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira, 14.
Em dezembro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia subido 1,35%, e o valor de janeiro foi o mais baixo desde a queda de 0,24% observada em janeiro de 2024. No entanto, o aumento de 0,13% resultou em um índice acumulado de 9,69% nos últimos 12 meses, o maior desde setembro de 2022, quando foi registrado 9,84%.
Entre as 24 atividades monitoradas, 14 apresentaram variações positivas de preços em janeiro, comparado a dezembro.
A desaceleração mensal se deve principalmente à queda nos preços dos alimentos, além da valorização do real em relação ao dólar, que impacta diversos setores, como o fumo, madeira, alimentos e metalurgia.
As atividades que mais influenciaram o resultado de janeiro foram alimentos (-0,22 ponto percentual), refino de petróleo e biocombustíveis (0,15 p.p.), outros produtos químicos (0,14 p.p.) e indústrias extrativas (-0,07 p.p.).
O setor alimentício, com o maior peso no cálculo do índice, teve uma redução de 0,84%, interrompendo uma sequência de nove meses consecutivos de aumento de preços. Essa queda foi atribuída à valorização do real frente ao dólar, à colheita de cana-de-açúcar e soja, e à diminuição da demanda por carne, especialmente após o aumento na procura por carne durante as festividades de final de ano.
Em contraste, o setor de refino de petróleo e biocombustíveis teve um aumento de 1,49%. A alta do preço do petróleo, diferentemente dos minérios, pressionou os produtos derivados do petróleo.
O IPP acompanha a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, ou seja, sem considerar impostos e frete, de 24 setores das indústrias extrativas e de transformação.
Da redação Jornal Campo Aberto