Como observou recentemente a ABPA, o atual panorama sanitário no Hemisfério Norte favorece as exportações brasileiras de carne de frango: “há chance de que os embarques superem os 5,4 milhões de toneladas inicialmente projetados para 2025”, mencionou Ricardo Santin, Presidente da entidade, em reportagem do Globo Rural.
Mas… que tal um volume em torno dos 5,9 milhões de toneladas? É sonhar alto demais?
Nem tanto, como deixa claro o gráfico abaixo que, baseado no comportamento médio das exportações dos últimos 18 anos, projeta os possíveis volumes mensais a serem alcançados em 2025.
Revendo o comportamento histórico do setor, constata-se que na média do período 2007/2024 (quase duas décadas), os menores volumes do ano (menos de 15% do total anual) foram registrados no bimestre janeiro/fevereiro. Em oposição, os melhores resultados ficam concentrados no bimestre julho/agosto, período em que o total embarcado corresponde a quase 18% do total anual.
Isso posto e supondo-se que o volume exportado em janeiro (pouco mais de 430 mil toneladas) tenha correspondido à média histórica (7,29% do total), projetaram-se os possíveis embarques futuros – de fevereiro corrente e dos meses subsequentes.
Neste caso, apenas um fato já é certo: o volume exportado em fevereiro deve superar o que está sendo projetado no gráfico. Mas ainda que mantidos os volumes sugeridos pela média histórica, tem-se nesta demonstração um total anual ligeiramente superior a 5,9 milhões de toneladas – em relação a 2024, um acréscimo superior a 10%, índice de incremento que não é registrado desde os primeiros anos deste século.

Fonte: AviSite