É, provavelmente, ocorrência inédita. Pois, por exemplo, enquanto nos últimos três anos o frango abatido chegou a este momento do mês de janeiro apresentando resultado negativo em relação às primeiras cotações do ano (recuos que variaram desde 2% até 11% a menos), em 2025, no mesmo período, ainda mantêm desempenho positivo.
É verdade que o ganho não chega a ser expressivo, sendo, neste instante, inferior a 1% em relação aos preços iniciais do ano. Porém, considerado o momento econômico – 2ª quinzena de janeiro, ocasião em que o consumidor enfrenta verdadeiro bombardeio de obrigações financeiras – deve ser considerado excepcional.
Senão inédito, mas pelo menos também raro, é o fato de – na média das quatro primeiras semanas de janeiro – o valor registrado continuar superior ao do período de Festas e do próprio mês de dezembro, com valorização próxima de 2%.
Mais significativa, com aumento de 14%, é a variação em relação a janeiro de 2024. Mas – não custa citar – ela, na prática, somente acompanha, muito de perto, as variações da principal matéria-prima do frango, o milho, que nesse mesmo período registra alta anual já próxima dos 13%
Frango vivo
Raríssimo neste momento do ano, o atual desempenho do frango abatido vem sendo obtido graças a uma oferta equilibrada, adequada a momento em que a demanda se encontra retraída. Tal equilíbrio envolve, também, a colocação de aves vivas excedentes no mercado independente do frango vivo. Como este já se encontra sujeito a uma baixa procura, a estratégia resulta na ampliação da disponibilidade de aves vivas que, mesmo em baixa de preços, não encontram colocação, sendo agora comercializadas no interior de São Paulo por, no máximo, R$5,40/kg (em Minas, a cotação permanece inalterada em R$5,50/kg
O que chama a atenção, neste caso, é que os atuais preços devem se encontrar agora, senão abaixo, muito próximos do custo de produção.
Fonte: Avisite