O aumento de pouco mais de 9% nas exportações brasileiras de carne de frango do 1º quadrimestre de 2025 correspondeu a um adicional da ordem de 153,5 mil toneladas, 93% das quais tiveram por origem um único item: os cortes de frango, cujo volume no período aumentou perto de 12% e representou, praticamente, três quartos (74,75%) do volume total embarcado entre janeiro e abril.
O frango inteiro – item que abriu o mercado externo para o produto brasileiro quase meio século atrás (2º semestre de 1975) – fechou o quadrimestre em estado de semi estabilidade, com aumento inferior a 1% e um adicional de pouco mais de 3,3 mil toneladas.
Perdeu, neste último quesito, para a carne de frango salgada, que fechou o quadrimestre embarcando perto de 6 mil toneladas a mais que em idêntico período do ano passado. Daí registrar aumento anual também próximo de 12%, como os cortes de frango.
Os industrializados, por fim, registraram no volume aumento de 2,15% – perto de 862 toneladas a mais. Com isso, representarem apenas 2,26% do volume total exportado, contra os 74,75% dos cortes, quase 20% do frango inteiro e 3,16% da carne salgada.
Por falar em carne salgada: foi o item de maior valorização no quadrimestre, pois seu preço médio aumentou 40%, desempenho significativamente melhor que o do frango inteiro (+5,21%), dos cortes (+3,81%) e dos industrializados (+0,38%).
Pena, somente, que a carne salgada tenha correspondido a apenas 3% do volume total embarcado. Pois ainda que sua receita tenha aumentado 56%, sua participação no faturamento global do setor não chegou a 6%.
Melhor mesmo foi o desempenho dos cortes. Porque, ao aumentar 16%, a receita do item obteve um adicional de, quase, US$340 milhões. Com isso, propiciou perto de 72% da receita global do quadrimestre, enquanto o frango inteiro (6,21% de aumento) propiciou outros 18%. Carne salgada e industrializados compartilharam os cerca de 10% restantes da receita cambial do quadrimestre com, respectivamente, 5,84% e 3,92%.

Fonte: AviSite