Entre janeiro e abril deste ano o Brasil exportou, em média, 452.982 toneladas mensais de carne de frango, volume 28,65% superior às 352.092 toneladas mensais exportadas em 2015. Porém, apenas um dos quatro principais itens exportados contribuiu para esse aumento: os cortes de frango. Ou seja: nesses 10 anos caíram, na exportação, o volume e a participação do frango inteiro, da carne salgada e dos industrializados.
Considerada a participação desses quatro itens no total exportado, a maior perda vem recaindo sobre os industrializados: quase 50% a menos – fatia de 3,88% em 2015 para menos de 2% neste ano.
O frango inteiro, surpreendentemente, vem na sequência: 37,14% a menos, pois sua participação recuou de 32,60% (quase um terço!) para 20,50% do total (apenas um quinto!)
Porém, o retrocesso da carne de frango salgada não ficou muito longe: 30,60% a menos ou, mais exatamente, de 4,37% para 3,03% do total. O que, combinado com o retrocesso nos industrializados, fez com que a participação do produto in natura (frango inteiro + cortes) aumentasse 3,5%, subindo de 91,74% para, praticamente, 95% do total.
Claro, isso foi devido, exclusivamente aos cortes, cuja participação passou de 59,14% em 2015 para 74,48% neste ano – 25,95% de incremento. Resultado decorrente de um aumento de 63,49% no volume exportado, que passou de 207.126 toneladas/mês em 2015 para 338.626 toneladas/mês no 1º quadrimestre de 2025.
Em essência, pois, a queda na participação dos outros três itens estendeu-se também ao volume embarcado. O do frango inteiro recuou 23,17% (de 116.916 t/mês para 89.830 t/mês) e o dos industrializados, 21,98% (de 13.117 t/mês para 10.234 t/mês), enquanto o da carne de frango salgada sofreu retração de apenas 4,30% (de 14.934 t/mês há 10 anos para 14.292 t/mês em 2025).

Fonte: AviSite