Há anos, o Grupo Virgolino de Oliveira (GVO) enfrenta dificuldades financeiras como um alto endividamento, episódios de calote e uma série de renegociações de débitos com bancos. O mais recente episódio chegou ao foro de Santa Adélia, em São Paulo, na última terça-feira (14): um pedido de falência solicitado pelo Banco Fibra.
De acordo com as informações disponibilizadas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, a solicitação envolve a companhia Virgolino de Oliveira S.A. Açúcar e Álcool. A princípio, a decisão cabe ao juiz Felipe Ferreira Pimenta, com valor da ação estipulado em R$ 2,53 milhões.
O novaCana entrou em contato com a Virgolino de Oliveira e com o escritório de advocacia Leite, Tosto e Barros Advogados, que representa o banco, porém não obteve retorno até o fechamento deste conteúdo. Representantes do Banco Fibra, por sua vez, não foram localizados.
A solicitação de falência acontece menos de um ano após o GVO anunciar um plano extrajudicial – ou seja, feito sem a necessidade de intervenção da justiça – para renegociar US$ 760 milhões em dívidas. Conforme noticiado pela Agência Estado, o acordo foi aprovado no final de maio de 2019, tendo sido previamente negociado com um relevante grupo de credores, prevendo a reestruturação do passivo em dez anos, com carência de três anos.
Apesar do montante negociado ser elevado, ele não representava a totalidade das dívidas da companhia com títulos e acordos de exportação, que até então somavam US$ 835 milhões. Entre as garantias dadas estavam a alienação fiduciária das ações da companhia no Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e a hipoteca da Usina Monções.
Renata Bossle – novaCana.com