Aerotex Aviação Agricola repetirá a partir de julho ação que presta serviço a produtores com recursos destinados a entidades assistenciais
A Aerotex Aviação Agrícola, de Rio Verde/GO, definiu na manhã dessa terça-feira (18) a repetição, a partir de julho, das operações da Brigada Aérea da empresa para o combate a incêndios em lavouras no sudoeste de Goiás. O anúncio foi feito em uma reunião que envolveu produtores rurais, bombeiros, policiais militares e imprensa na sede do Sindicato Rural de Rio Verde. Novamente a iniciativa terá caráter filantrópico, com metade do recurso arrecadado sendo destinado a entidades assistenciais do município. A outra metade destinada ao custeio apenas das despesas do sistema de plantão com dois aviões agrícolas, dois pilotos e um técnico de solo. “A operação não visa ao lucro”, reforçou o sócio-gerente da empresa, Rui Alberto Textor.
Iniciativa inédita no País, a Brigada Aérea da Aerotex funcionou pela primeira vez no ano passado, quando operou apenas no mês de setembro. Nesse período, foram realizadas 10 missões de combate a incêndios na região, com mais de 180 lançamentos de água para defender das chamas as plantações e mesmo instalações nas fazendas, além de proteger o pessoal em terra. A ação em 2018 rendeu R$ 45 mil, que foram entregues no mês seguinte para o Hospital do Câncer de Rio Verde.
Desta vez, as operações vão durar três meses. A intenção, segundo Textor, é cobrir todo o período crítico de estiagem na região, até o final de setembro. Os incêndios em lavouras, principalmente de milho e canaviais, são um problema sério no período de estiagem no Estado. Em 2018, o Corpo de Bombeiros de Goiás registrou mais de 3 mil incêndios em vegetação, inclusive com uma morte ocorrida em um incêndio em um canavial.
Em um cenário desses, o apoio aéreo acaba sendo fundamental não só para acelerar as operações contra as chamas, como para proteger as equipes em solo. O combate a incêndios em florestas e outros tipos de vegetação é há quase 50 anos prerrogativa da aviação agrícola (pelo Decreto-Lei 917/69 e legislação posterior). A própria equipe da Aerotex tem larga experiência nesse tipo de operação, devido a quase todos os anos também integrar forças-tarefas do Ibama e de Estados para proteção de reservas ambientais.
Fonte: SINDAG