O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) suspendeu as vendas brasileiras de carne bovina para a China após a confirmação de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida popularmente como “mal da vaca louca”, em Mato Grosso.
A suspensão temporária na emissão de certificados sanitários para a China será mantida “até que a autoridade chinesa conclua sua avaliação das informações já transmitidas sobre o episódio”, informou o Mapa em nota na segunda-feira (03).
Após notificada sobre a ocorrência, a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) determinou o encerramento de caso sem alteração do status sanitário brasileiro, que segue como risco “insignificante” para a doença.
“A OIE informou ainda que não haverá relatórios suplementares sobre o caso”, disse o Mapa.
O caso de EEB foi identificado em uma vaca de corte, com idade de 17 anos, em MT. Todo o material de risco específico para EEB relacionado ao animal foi eliminado “não havendo ingresso de nenhum produto na cadeia alimentar humana ou de ruminantes”, segundo o Mapa.
A Minerva informou em comunicado que tem capacidade para atender à demanda chinesa por meio de unidades de sua subsidiária Athena Foods no Uruguai e na Argentina.
A empresa exporta carne bovina brasileira para a China somente via sua unidade de Barretos (SP), que tem capacidade diária de abate de 840 cabeças. Já a Athena Foods tem três plantas de abate no Uruguai, com capacidade de 3,2 mil cabeças por dia, e a planta de Rosário, na Argentina, com capacidade diária de abate de 2,4 mil cabeças.
Já a Marfrig informou que tem nove plantas na América do Sul habilitadas para exportar carne bovina à China, sendo quatro no Uruguai, três no Brasil e duas na Argentina.
“As exportações da América do Sul diretas para a China representaram 3% do faturamento total da Marfrig no primeiro trimestre de 2019, sendo que o Brasil representou 0,9% do total da receita, e Uruguai e Argentina foram responsáveis por 2,1%”, disse a empresa em comunicado.
Por Anna Flávia Rochas
Foto: Claudio Correia/Jornal Campo Aberto
Fonte: CarneTec Brasil