SÃO PAULO (Reuters) – A expectativa para o crescimento econômico do Brasil foi reduzida mais uma vez na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira após o país voltar a registrar contração no primeiro trimestre.
O levantamento mostrou que os economistas consultados cortaram pela 14ª vez seguida a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano, passando a ver uma expansão de 1,13%, de 1,23% antes.
A economia brasileira iniciou 2019 com contração de 0,2% no primeiro trimestre, com fraqueza em indústria, agropecuária e investimentos, na primeira queda trimestral desde o fim de 2016.
O cenário confirma o quadro de dificuldades da economia e as preocupações com as perspectivas, embora a estimativa do PIB para 2020 no Focus tenha permanecido em uma expansão de 2,50%.
A pesquisa semanal mostrou também ajuste nas contas para a inflação, com a alta do IPCA neste ano estimada em 4,03%, de 4,07% antes. Para 2020 permanece a perspectiva de uma inflação de 4,0%.
O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25 por cento e, de 2020, de 4 por cento, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Apesar da fraqueza da economia, o BC deve manter a taxa básica Selic no atual patamar de 6,5% até o final do ano, segundo os economistas consultados, elevando a taxa para 7,25% no fim de 2020, em cenário inalterado.
O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também manteve suas contas, com a Selic a 6,5% este ano e a 7,0% em 2020.