Tendo como base a série de preços da carne negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo de 2015 a 2019, nota-se que os valores do traseiro registram queda no primeiro semestre, mas se recuperam no segundo. Já no caso do dianteiro, o movimento é o contrário, com alta nos preços na primeira metade do ano e recuos na segunda metade. Pesquisadores do Cepea indicam que esse movimento evidencia que a diferença entre os preços do traseiro e do dianteiro tende a ser ampla entre final e início de cada ano e estreita entre o encerramento do primeiro semestre e começo do segundo. De acordo com dados do Cepea, a diferença entre os valores do traseiro e do dianteiro, que era de 6,32 Reais/kg no começo de 2019, passou para 3,07 Reais/kg nesta semana. Nos primeiros dias de janeiro de 2018, a diferença entre o traseiro e o dianteiro era de 6 Reais/kg e, no início do segundo semestre daquele ano, caiu para 2,7 Reais/kg. Nesse mesmo período de comparação, em 2017, a diferença saiu de 5,5 Reais/kg para 2,94 Reais/kg, e, em 2016, de 4,30 Reais/kg para 1,74 Real/kg. Segundo pesquisadores do Cepea, isso significa que, nas próximas semanas, a diferença entre os valores do traseiro e do dianteiro tende a diminuir ainda mais, com desvalorização para o primeiro e valorização para o segundo.
Foto: Claudio Correia/Jornal Campo Aberto
Fonte: Cepea