Nesta sexta-feira, 14 de junho, o Instituto de Pesca (IP-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, lançou nas suas redes sociais a série “Pós em Ação!”. A iniciativa tem como proposta apresentar os trabalhos desenvolvidos pelos estudantes de mestrado da instituição e destacar a importância da pesquisa para o avanço do setor aquícola e pesqueiro no Brasil.
O mestrado do Instituto de Pesca visa capacitar, científica e tecnologicamente, profissionais nas áreas de Aquicultura e Pesca. É um dos poucos cursos de pós-graduação do país a reunir, em um mesmo programa, essas áreas, que são direcionadas tanto para o ambiente marinho quanto para o continental. Recomendado pela CAPES, o programa se destaca por sua abrangência e qualidade.
Atualmente, a pós-graduação do IP conta com três linhas de pesquisa: sustentabilidade aquícola e pesqueira, biotecnologia e ecotoxicologia aplicada à aquicultura, e produção de organismos e bem-estar animal.
Primeiro episódio da série
No primeiro episódio da série “Pós em Ação!”, o Instituto de Pesca apresentará o trabalho de mestrado de Marcos Diorio, mestre em Aquicultura e Pesca formado pela instituição. Ele desenvolveu um estudo que investigou os efeitos do pó de rocha proveniente de gnaisses (um tipo de rocha) no cultivo de tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus).
Três experimentos foram desenvolvidos. No primeiro, alevinos (filhotes de peixes) foram criados em aquários contendo substrato de pó de rocha bruto e pó de rocha lavado, tendo como grupo controle aquários sem substrato. Os resultados indicaram que o substrato bruto de rocha gnaisse proporcionou condições ideais para a criação de alevinos de tilápia, minimizando significativamente a taxa de mortalidade em comparação a aquários sem ou com substrato lavado.
Um estudo adicional avaliou a influência dos substratos de rocha gnaisse de diferentes tamanhos no cultivo de pós-larvas de tilápias-do-nilo, mostrando que eles influenciaram significativamente as concentrações de minerais na água. Parâmetros zootécnicos mostraram desempenho semelhante em ganho de peso e biomassa final entre alevinos cultivados com substratos de rocha gnaisse e o grupo controle, mas a taxa de mortalidade foi significativamente maior nos aquários com substratos, especialmente naqueles com partículas mais fina.
O estudo ressaltou a importância de armazenar adequadamente substratos para garantir a sua qualidade quanto as concentrações dos elementos (cálcio, magnésio e potássio) e evitar contaminação, sugerindo a necessidade de mais pesquisas para otimizar seu uso na aquicultura. De acordo com Marcos, “fazer o mestrado no Instituto de Pesca foi uma experiência muito gratificante, porque além de contar com docentes de extrema qualidade e conhecimento impecável, o mestrado abriu muitas portas na minha vida”, finaliza.
Segundo o pesquisador científico e coordenador da pós-graduação do IP, Vander Bruno dos Santos, “o Programa de Mestrado Acadêmico do IP garante a oportunidade para os estudantes aprenderem na prática a fazer ciência e trazerem inovações na área de aquicultura e pesca. A importância está em transformar a realidade, trazendo benefícios nos aspectos sociais, econômicos e ambientais. Nos dias de hoje, também é extremamente importante ter esse canal para a divulgação dos resultados, popularizando a ciência”.
Para saber mais sobre as pesquisas desenvolvidos nos centros de pesquisa do Instituto de Pesca, por seus estudantes, acesse o site da Pós.
Instituto de Pesca
O Instituto de Pesca é uma instituição de pesquisa científica e tecnológica, vinculada à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que tem a missão de promover soluções científicas, tecnológicas e inovadora para o desenvolvimento sustentável da cadeia de valor da Pesca e da Aquicultura.
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Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo