Estima-se volume total de 113 milhões de toneladas e receita de US$ 51,095 bilhões
“Resultado de novos cortes na estimativa de produção e recuos nas projeções dos preços FOB de exportação médios em todo o complexo soja”, comenta Flávio Roberto de França Junior, economista e líder de conteúdo da consultoria.
De volume, estima-se 113,000 milhões de toneladas, queda de 10,9% na comparação com o ano passado. “Ainda assim, o segundo maior da história”, destaca França Junior.
Leva-se em conta a estimativa de embarques de 88,000 mi de t de soja, baixa de 13,6% na comparação com o ano anterior; 23,000 mi de t de farelo de soja (+1,7%); e 2,000 mi de t de óleo de soja (-14,9%).
No que diz respeito à receita, os números iniciais apontam para US$ 51,095 bilhões, o que representaria recuo de 24,2% sobre o ano que passou.
Seriam US$ 38,720 bi decorrentes das vendas de soja em grão (-27,4%); US$ 10,465 bi das comercializações de farelo (-9,1%); e US$ 1,910 bi das vendas de óleo (-25,2%).
“Além dos volumes menores, a estimativa de limitação nos ganhos de receita acontece também por conta da previsão de preços médios caindo”, explica o líder de conteúdo da DATAGRO Grãos.
A atual estimativa para a safra a ser colhida neste ano aponta para 147,571 mi de t, 8% abaixo das 160,834 mi de t colhidas em 2023 – volume recorde. “Resultado da combinação de aumento em 3% na área semeada, positiva tecnologia utilizada nas lavouras, mas quadro climático amplamente irregular e problemático”, diz França Junior.
Essa indicação de retração na receita do complexo soja tende a resultar também em redução na participação das exportações do setor na pauta geral do Brasil para 15,5%, contra 19,8% em 2023, aquém dos 16,2% da média dos últimos 10 anos, sendo a menor desde os 14,8% verificados em 2019.
Para chegar a essa projeção de participação, considera-se retração na estimativa para as exportações totais do País, que cairiam a US$ 330,000 bi, diminuição de 2,9% na comparação com 2023.