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Lideranças debatem projeto de internacionalização para o oeste catarinense

Bandeira de Santa Catarina

A rota do milho e o Aeroporto Serafim Enoss Bertaso foram tema de reunião, realizada nesta semana, da diretoria do Fórum de Competitividade e Desenvolvimento para a Região Oeste de Santa Catarina. O encontro teve a participação, via teleconferência, da presidente da Câmara de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Maria Teresa Bustamante, que auxiliou nas ações voltadas à internacionalização regional.

O presidente do Fórum, Vincenzo Mastrogiacomo, explicou a importância do novo trajeto para a importação de milho para o estado (Rota do Milho), ligando o Paraguai ao município de Dionísio Cerqueira (SC), localizado no limite do Paraná e do Brasil com a Argentina. A criação da rota pode reduzir em até 70% o valor do frete do grão até Santa Catarina, que atualmente, quando importado do Paraguai, passa por Foz do Iguaçu (PR).

Mastrogiacomo realçou que o objetivo é contribuir com a agroindústria de Santa Catarina na abertura efetiva de comércio internacional entre produtores e consumidores. “Todos os anos, a agroindústria do estado precisa importar uma grande quantidade de milho porque a produção interna catarinense é insuficiente. Santa Catarina é o oitavo produtor e o segundo maior consumidor. O milho disponível está em média a 2 mil km de distância, no Centro-Oeste brasileiro. Entretanto, se as ações de integração fronteiriça forem implementadas, esse insumo pode ser obtido no Paraguai”, explicou o dirigente.

O Paraguai fica a pouco mais de 100 km de Santa Catarina, com o território argentino entre eles (fonte: medidor de distâncias do Google Maps, traçando uma linha reta simples entre os pontos Mayor Julio Dom Otaño/PAR e Dionísio Cerqueira; obviamente a rota para o grão não seguirá uma linha reta).

A conexão transfronteiriça, também conhecida como a Nova Rota do Milho, surgiu em 2016, no Núcleo Estadual de Integração da Faixa de Fronteira de Santa Catarina, iniciativa do governo catarinense, do Sebrae/SC e das entidades ligadas ao agronegócio, com participação do Fórum de Competitividade e Desenvolvimento.

O projeto consiste em buscar no Paraguai o milho para abastecer a imensa cadeia produtiva da avicultura e da suinocultura industrial catarinense. Dois aspectos tornam essa iniciativa importante e prioritária: o primeiro é que Santa Catarina tem um déficit anual de 3 milhões de toneladas de milho, e o segundo é que a nova rota encurtará em pelo menos 1,5 mil km a distância entre a região consumidora (oeste catarinense) e a região fornecedora, no Paraguai.

Santa Catarina é o maior importador de milho do país e, atualmente, adquire a maior parte do grão em Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul, distantes 2 mil km. Com a implantação do Corredor do Milho, o produto seguirá o seguinte roteiro: será adquirido nos Departamentos de Itapua e Alto Paraná (Paraguai), passará pelo porto paraguaio de Carlos Antonio Lopez, atravessará o Rio Paraná em balsas, entrará em território argentino pelo porto de Sete de Agosto e seguirá até a divisa com o Brasil, sendo internalizado pelo porto seco de Dionísio Cerqueira.

Aeroporto de Chapecó

Outro aspecto considerado fundamental para aumentar a competitividade das empresas da região é a ampliação do aeroporto de Chapecó, bem como a sua internacionalização. O aeródromo atende mais de 300 municípios, compreendidos entre o sudoeste do Paraná, noroeste do Rio Grande do Sul, oeste, extremo oeste e meio oeste de Santa Catarina, que somam mais de 2,5 milhões de habitantes. Entre as possibilidades de melhorias, está a privatização, que vem sendo discutida entre a prefeitura e o governo do estado, com apoio das entidades empresariais, entre elas o Fórum de Competitividade e Desenvolvimento.

Em reunião realizada nesta semana, diretoria discutiu alinhamentos para a rota do milho e melhorias no aeroporto de Chapecó

 

Lideranças discutiram aspectos para impulsionar desenvolvimento regional (Fotos: Divulgação)

 

 

Fonte: CarneTec Brasil

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