O cereal possui alto valor no agronegócio brasileiro, com grande importância para a economia, segurança alimentar e no aumento da sustentabilidade da matriz energética do País.
Um dos alimentos mais versáteis do mundo celebra sua data neste 24 de maio: Dia Nacional do Milho. A cultura do grão é, para o Estado de São Paulo, uma das principais atividades agrícolas, com fundamental importância econômica.
O milho é matéria-prima imprescindível para utilização direta na produção de proteína animal como ração para avicultura, suinocultura, bovinocultura de leite e de corte e a equinocultura. O segundo grão mais produzido no território brasileiro, é um alimento nutritivo, energético, rico em fibras e em compostos bioativos, que faz parte da culinária nacional. Além disso, é constituído de carboidratos, proteínas e vitaminas do complexo B (B1 e B5), minerais como ferro, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e zinco e o pigmento natural betacaroteno, com ação antioxidante.
O Estado de São Paulo, por meio da CATI Sementes e Mudas, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, realiza testes de melhoramento para obtenção de sementes. Há mais de 30 anos, a SAA passou a comercializar sementes com baixo custo de produção, adaptadas a qualquer tipo de solo, inclusive mais pobres e que inibem maiores gastos de produção.
“Todas as variedades produzidas pela Cati são convencionais, ou seja, não possuem qualquer transgenia, característica que tem chamado a atenção de muitos mercados, não só em São Paulo, mas também outros estados e até outros países, sendo uma ferramenta de segurança alimentar”, afirma o pesquisador e assistente de planejamento do Departamento de Extensão Rural (DEXTRU-CATI), na Fazenda Ataliba Leonel, Fernando Santos.
A Secretaria de Agricultura também contribui para o uso do milho pela indústria de alimentos e bebidas, por meio do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), responsável por desenvolver trabalhos com milho verde em conserva, farinhas e flocos para sopas, sorvetes, iogurtes e derivados.
Em 2023, o Estado produziu mais de 33,82 mil sacas de 60kg de milho na 1ª safra, em uma área de 305,45 mil hectares. Já a safrinha, somou 38,62 mil sacas de 60kg em mais de 470 mil hectares. Entre as principais cidades produtoras, destacam-se São João da Boa Vista, Itapetininga e Itapeva, de acordo com as informações do Instituto de Economia Agrícola (IEA), vinculado à SAA. As três cidades representam 36,1% do total produzido no Estado.
A forte competitividade com a soja, tem causado a diminuição da área de produção do milho, que necessita que os índices dos fatores climáticos, especialmente a temperatura, estejam de acordo, para que o potencial genético de produção atinja o seu máximo. Os atuais eventos climáticos, marcado por períodos de seca e excesso de chuva, ocorrendo de forma desordenada e fora das safras habituais, desencadeou uma preocupante degradação do solo, forçando os agricultores a redesenhar suas estratégias de plantio. Áreas que antes eram tradicionalmente dedicadas à agricultura estão sendo abandonadas, enquanto outras, previamente não tão propícias, demandam adaptações.
Também é importante citar os desafios no controle de pragas e doenças de modo mais sustentável, com destaque para a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), que têm causado perdas significativas em produtividade nas lavouras. Engenheiros agrônomos e técnicos agropecuários da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), realizam treinamentos com o objetivo de subsidiar e implementar medidas para minimizar os danos causados pelo enfezamento do milho.
Vale lembrar, que em abril deste ano, foi lançada a Câmara Setorial de Algodão, Milho e Soja, que visa integrar às políticas públicas aos produtores rurais de determinada cadeia produtiva, ouvindo as necessidades do setor, fortalecendo ações e suprindo as necessidades de cada cultura.
Por Caroline Guimarães
MTB: 0091806/SP
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo