Os avanços voltaram a ser impulsionados pela demanda aquecida pelas variedades de cana do CTC, que é controlado por Copersucar, outros grandes grupos sucroalcooleiros do Centro-Sul e BNDES. Foi assim durante toda a temporada 2023/24, principalmente por causa dos elevados preços do açúcar, que impulsionaram os resultados das usinas em geral. De abril do ano passado ao último mês de março, o lucro líquido do CTC subiu 66,6%, para R$ 152,3 milhões, o Ebitda registrou alta de 28,6%, para R$ 185,8 milhões, e a receita avançou 4,1%, para R$ 382,1 milhões.
Segundo Cesar Barros, CEO do CTC, foram resultados recorde. A área plantada com variedades da companhia faturada aumentou 2,4% em relação à safra 2022/23, para 1,172 milhão de hectares, com preço médio 6,4% superior (R$ 335 por hectare). O portfólio do CTC é formado por 28 cultivares de exploração comercial, convencionais e transgênicas. Sete dessas variedades foram lançadas nos últimos três anos e já representaram a maior parte dos novos plantios dos clientes da empresa.
Em entrevista ao IM Business, Barros destacou que os investimentos do CTC em pesquisa e desenvolvimento cresceram 2,7% em 2023/24 e chegaram a R$ 205,6 milhões. Mesmo assim, o caixa líquido alcançou R$ 447,1 milhões no exercício. “É um caixa robusto, o que é fundamental para quem investe em pesquisas”, afirmou. O valor inclui R$ 75 milhões que já entraram no caixa na esteira de um acordo de R$ 180 milhões firmado com a agência pública Finep.
O fato é que o CTC vem acelerando o melhoramento de suas variedades, em linha com a meta de reduzir o prazo de chegada das inovações ao mercado de 15 para oito anos. Nesta safra 2024/25, que começou em abril, a expectativa da empresa é lançar cinco novas variedades. Paralelamente, o Projeto Sementes, desenvolvido já mais de dez anos e que contempla um novo sistema de plantio de cana baseado em “sementes” sintéticas, continua a avançar – os testes em usinas já começaram.