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Valor bruto da produção agropecuária brasileira supera R$ 1,14 trilhão

Lavouras sofreram diminuição no VBP de 4,4%, influenciada por clima desfavorável e queda de preços

O Ministério da Agricultura revisou para baixo, pelo segundo mês consecutivo, sua projeção para o Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária brasileira deste ano. Agora, estima-se que o VBP atinja R$ 1,147 trilhão em 2024, refletindo uma diminuição de 1,4% em comparação com o ano anterior.

Tanto as lavouras quanto a pecuária enfrentam expectativas reduzidas, embora o setor de proteína animal apresente sinais de melhora em relação a 2023.

Para as lavouras, espera-se uma queda de 4,4% no VBP, totalizando R$ 775,8 bilhões. Esse declínio é atribuído, em grande parte, ao clima desfavorável e à diminuição dos preços, especialmente os da soja e do milho. A soja lidera as reduções previstas, com uma queda esperada de 19,8%, seguida pelo milho, com uma perspectiva de redução de 10,8%.

Por outro lado, algumas culturas devem ter um desempenho notável em 2024, impulsionadas pelos preços favoráveis no mercado internacional. Destacam-se as projeções positivas para o VBP do cacau (com um aumento esperado de 59,2%) e da laranja (com incremento de 56,3%). O ministério também ressaltou as expectativas otimistas para o arroz, o feijão e o café, que estão experimentando aumentos nos preços. Espera-se um aumento de 21,8% no VBP do arroz, de 18,2% no feijão e 17% no café.

Nos últimos cinco anos, o VBP cresceu 12,5% influenciado por aumento de 36,7% da cana-de-açúcar, 55,6% do cacau, 21% do arroz e 50% da mandioca. Quanto ao açúcar, os preços do cristal branco negociado no spot paulista iniciaram a safra 2024/25 em alta. Apesar de algumas usinas paulistas já estarem em processo de moagem da nova temporada, a produção de açúcar cristal deve começar apenas na segunda quinzena deste mês. Normalmente, os primeiros lotes de cana moídos são destinados à produção de etanol ou açúcar VHP (açúcar bruto).

No que diz respeito à pecuária, projeta-se um aumento de 5,5% no VBP em relação ao ano anterior, totalizando R$ 371,4 bilhões. Esse crescimento é impulsionado principalmente pela suinocultura (com alta esperada de 65,4%) e pela avicultura (com aumento de 9,2%). No entanto, outros segmentos de proteína animal devem registrar quedas, com uma estimativa de redução de 6% no VBP de bovinos e de 3,2% no VBP do leite.

 

Fonte: FAESP

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