Os dados consolidados da SECEX/ME relativos às exportações totais de carne de frango, abrangendo os quatro principais itens negociados pelo setor (frango inteiro, cortes, industrializados e carne salgada), confirmam que em março passado foram registrados os melhores resultados de 2024, com superação, novamente, das 400 mil toneladas mensais, fato que não ocorria desde o último dezembro.
Mesmo assim, comparativamente ao registrado um ano atrás, o volume embarcado no mês – de 407,6 mil toneladas, aproximadamente – registrou redução anual de quase 20%, índice senão inédito, absolutamente raro nas exportações brasileiras de carne de frango.
A queda observada teve pelo menos duas explicações. A primeira, o menor número de embarques no mês (considerados os dias úteis, 23 há um ano; 20 neste ano). A segunda, o recorde até agora não superado ocorrido em março de 2023 quando, pela primeira e única vez, o volume total embarcado no mês superou o meio milhão de toneladas.
Em função, sobretudo, do resultado mais recente, mas também em decorrência da pequena queda (-3,60%) ocorrida em janeiro, o primeiro trimestre de 2024 foi encerrado com uma redução de 7,39% em relação ao mesmo trimestre de 2023.
Porém, bem mais aguda – queda, no trimestre, de quase 17% – vem sendo a redução na receita cambial, que sofre o efeito combinado do menor volume e do menor preço. Mas esse índice tende a diminuir (pode até reverter-se), porquanto vem ocorrendo recuperação nos preços médios do produto.
Assim, após cair, em janeiro passado, ao menor patamar em quase três anos (pouco mais de US$1.702/tonelada), em março o preço médio do produto exportado subiu para US$1,810,98/tonelada. É verdade que esse valor ainda se encontra mais de 5% abaixo do obtido em março de 2023, mas, considerada a recuperação acumulada no bimestre (cerca de 3% ao mês), a tendência é a de que em meados do ano o resultado negativo seja revertido.
Fonte: AviSite