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Dia Mundial da Água: agro paulista lançará plano de irrigação agrícola

No dia 22 de março de 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Mundial da Água, com o objetivo de conscientizar a comunidade internacional sobre a importância dos recursos hídricos.

O Brasil é o país que mais possui água doce no mundo: são 12% do total existente na Terra. Para efeito de comparação, a Europa inteira possui 7%, e o continente africano possui 10%. Porém, o país ainda apresenta problemas na gestão, conservação e distribuição desse recurso hídrico finito, e a formulação de políticas públicas sustentáveis vem se tornando urgente em um cenário mundial de eventos climáticos extremos.

Na agricultura, as mudanças climáticas ocasionam grandes períodos de seca, seguidos por chuvas fortes e concentradas, desequilibrando os ecossistemas e trazendo prejuízos à produtividade agrícola. Por isso, a Secretaria de Agricultura, por meio do Governo do Estado de São Paulo, lançará um Plano de Irrigação Estadual.

“Lançaremos o Plano de Irrigação na Agrishow deste ano. Nós temos topografia, abundância de água, e precisamos de uma política de armazenamento para os períodos de seca. Vamos estimular a irrigação com um plano de crédito especial, que colocará São Paulo no pioneirismo nacional do setor”, destaca o secretário Guilherme Piai.

Atualmente, apenas 5,8% das lavouras de São Paulo são irrigadas, sendo que a média mundial chega a 20%. “Não dá mais para o produtor perder milhões de reais no campo, olhando para o céu e esperando chover. Quem tem sua lavoura irrigada, tem sua produção garantida. Esse plano é prioridade da Secretaria de Agricultura”, complementa Piai.

Embora a agricultura utilize grandes quantidades de água para garantir a produção de alimentos, quase toda a água usada na irrigação retorna ao ambiente por meio da transpiração das plantas. “A planta transpira cerca de 90% desse volume consumido, que retorna para a atmosfera na forma de vapor”, explica Regina Célia de Matos Pires, pesquisadora e vice-diretora do Instituto Agronômico (IAC-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

Outra ação da SAA para a economia de água são as pesquisas do Instituto de Zootecnia (IZ-Apta). “Temos pesquisas voltadas à redução do consumo de água pelos animais, ao tratamento de água de dejetos transformando em água de reúso e na economia de água nos sistemas de integração”, afirma Enilson Ribeiro, diretor-geral do IZ.

Na suinocultura, existe a preocupação com o gasto de água na limpeza das instalações, gerando pesquisas voltadas para o tratamento de dejetos e reúso das águas. Por meio do sistema chamado Flotub JLTec-IZ, o programa “Suíno Pata Verde” apresenta tecnologia que envolve a recuperação da água no sistema de produção de suínos. O resultado é a recuperação de até 70% da água inicialmente contida nos dejetos.

O agro paulista também pretende ampliar o sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), estratégia de produção sustentável que integra diferentes sistemas produtivos, agrícolas, pecuários e florestais em uma mesma propriedade, otimizando o uso da terra, elevando os patamares de produtividade, diversificando as variedades e gerando produtos de qualidade.

Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

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