Depois de prever (em janeiro deste ano) que as exportações brasileiras de carne de frango chegariam aos 4,925 milhões de toneladas em 2024, o Departamento de Agricultura dos EUA, em nova publicação, de março corrente, projeta volume em torno dos 4,975 milhões de toneladas, o que (se confirmado) representará aumento de 4,36% sobre 2023.
A projeção – ressalva o órgão – não inclui as exportações de pés/patas de frango. Mas como o Brasil não possui um código HS específico para esses itens, os números oficiais brasileiros são superiores aos indicados pelo USDA.
Neste caso – e levando em conta que em 2023 o volume efetivo exportado pelo Brasil, com a inclusão de pés/patas de frango, foi cerca de 5% maior que o apontado pelo USDA, tendo chegado aos 5 milhões de toneladas – pode-se estimar que as exportações de 2024 chegarão aos 5,2 milhões de toneladas.
Nos dados divulgados, o USDA também inclui as importações de carne de frango efetuadas pelo Brasil. E explica que, devido à elevada disponibilidade interna do produto, elas são mínimas, estando restritas ao Chile e à Argentina. Esta responde por mais de 80% do volume importado pelo Brasil.
Note-se, ainda, que está sendo previsto um aumento de apenas 1,34% na produção brasileira de carne de frango. Uma vez que as exportações devem aumentar mais de 4%, o resultado final será uma queda na disponibilidade interna do produto. A diferença a menos é pequena (-0,09%), mas significa redução na disponibilidade per capita.
A ressaltar que, no presente estudo, a especialista agrícola do USDA no Brasil, Camila Aquino, dedicou 26 alentadas páginas à análise da situação e das tendências da indústria do frango no Brasil. É trabalho que merece um olhar mais profundo. Clique aqui para acessar a íntegra da publicação.
Fonte: AviSite