A reação esperada pela chegada dos salários ao mercado só aconteceu no final de semana. Mas ainda de forma modesta. Tanto que o valor médio alcançado pelo frango abatido nos seis primeiros dias de negócios do mês não chegou a ficar meio por cento acima do que foi registrado na semana anterior.
O pior, porém, é que a média desta segunda semana de março ficou mais de 1% abaixo da registrada um mês atrás, na mesma semana. E isto faz com que a média do mês fique 1,08% abaixo da alcançada em fevereiro último, enquanto em relação ao mesmo mês do ano passado a valorização, agora, é de apenas 2,36%, contra quase 9,5% em fevereiro último.
O fim da primeira quinzena na próxima sexta-feira (15) deixa poucas expectativas em relação à semana corrente. É provável, porém, que antes da virada da quinzena e sobretudo neste início de semana, ocorra alguma valorização nos preços do frango abatido.
Normalmente, a chegada da segunda quinzena não implica, necessariamente, em perda de preço. Pois, como mostrou o AviSite na semana passada, em sete dos últimos doze meses os melhores preços do frango abatido foram registrados exatamente na segunda quinzena do mês.
No entanto, é bastante duvidoso que isso venha a acontecer neste mês. Porque, sobretudo, estamos no período de Quaresma e próximos da Semana Santa, momento de baixíssimo consumo de carnes.
No atual contexto de semi-equilíbrio da ave abatida, o frango vivo disponibilizado no interior do Estado de São Paulo permanece com baixa procura, em mercado calmo, sendo comercializado por, no máximo, R$5,20/kg. Já em Minas Gerais, onde o mercado permaneceu firme por bom tempo, repentinamente a procura afrouxou, refletindo-se no preço pago que, inalterado em R$5,25/kg desde os primeiros dias de 2024, perdeu pelo menos cinco centavos na semana, passando a operar com, no máximo, o mesmo valor vigente em São Paulo.
Fonte: AviSite