Nos (apenas) três dias de negócios do pós-Carnaval, o frango abatido manteve a estabilidade vinda de meados da semana anterior, mas encerrou o período (dia 16, final da terceira semana de fevereiro) dando os primeiros sinais de retrocesso.

Considerando-se que a data marcou o inicio da segunda quinzena do mês tal comportamento pode ser considerado natural. Mas desta vez o mercado enfrenta um agravante: o início, também, dos [mais de] 40 dias de Quaresma, período em que a religiosidade cristã conduz a uma sensível redução no consumo de carnes.

Por ora – graças, sobretudo, à valorização obtida a partir de meados da semana retrasada – o frango abatido alcança a melhor cotação de 2024 e a segunda melhor dos últimos 14 meses. Ou seja: desde janeiro do ano passado, só perde (nominalmente) para dezembro último. Mas já não há garantias de continuidade desse status.

Com o enfraquecimento do mercado, o frango vivo – que na antevéspera do Natal foi fortemente demandado, a ponto de obter dois ajustes que totalizaram 15 centavos/quilo – voltou a enfrentar baixa procura, sendo comercializado por no máximo R$5,20/kg, mesma cotação que vigorou entre novembro e dezembro de 2023 e que havia se estendido até os primeiros dias de 2024.

Essa situação se aplica ao mercado paulista, pois em Minas Gerais – dados da AVIMIG – o mercado permanece firme mas inalterado há cerca de sete semanas, ou seja, desde o início do corrente exercício. O valor praticado – R$5,25/kg – corresponde (nominalmente) à melhor cotação dos últimos 14 meses.