Nesta quarta-feira, 24, ocorre o IV Encontro sobre a cultura de mandioca com palestras dos pesquisadores da APTA
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo estará presente na 17ª edição da Coopershow, principal vitrine de tecnologia agrícola realizada no Vale do Paranapanema, por meio de três de suas Coordenadorias, para apresentar as tecnologias e serviços aos agricultores. A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) marca presença com as instituições de pesquisa Apta Regional de Assis e Instituto Agronômico (IAC), a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) com a Regional de Assis de Sementes e Mudas, e a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) com a Regional de Assis. A feira Coopershow ocorre até 26 de janeiro, em Cândido Mota-SP.
A Coopershow terá três espaços oferecidos para painéis de discussão sobre diversos temas. Dentre eles, no dia 24, às 14 horas na Arena do Conhecimento, haverá o 4º Encontro Técnico da Mandioca, com o tema “Mandioca e Mudança Climática: rusticidade, inovação e sustentabilidade”.
O encontro tem a coordenação técnica do IAC e da Apta Regional, e é realizado pela Associação dos Produtores de Mandioca e Derivados do Estado de São Paulo (APMESP) e Coopermota, com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag), Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/Usp) e da Embrapa, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O evento é direcionado a engenheiros agrônomos, extensionistas, industriais do setor mandioqueiro e produtores.
Participando desde a 1° edição do Encontro Técnico da Mandioca em 2019, o pesquisador Sérgio Doná, diretor da Apta Regional de Assis, explica que o encontro visa transferir e atualizar informações técnicas e econômicas ao setor produtivo ligado à produção de mandioca para indústria. “A mandioca de indústria é uma cultura de importância regional e o Médio Paranapanema é tradicional neste cultivo.”
Os temas abordados serão sobre as novas cultivares de mandioca dentro do Programa IAC [consideradas muito promissoras] para uso na região, a conjuntura econômica para o centro-sul do país, o plantio direto e produção integrada e o uso de herbicidas registrados para a cultura.
Das cultivares promissoras, duas delas são de película escura e duas de película clara, possuem elevado potencial produtivo, com raízes tuberosas, bom teor de matéria seca, tolerantes as principais doenças que geralmente acometem a cultura, além de terem uma arquitetura favorável ao plantio mecanizado. Nos experimentos os novos materiais têm se mostrado superiores em produtividade em relação as cultivares tradicionais.
Doná ressalta ainda que é de total relevância o produtor utilizar material de propagação de excelente qualidade, “para ter na instalação uma cultura que mantem seu potencial genético, com bom vigor inicial e boa população de plantas que refletirão na produtividade final”, diz. “O material de propagação é tão importante como a cultivar que será plantada, por isso deve ser oriundo de uma rama de excelente qualidade.”
Também estarão em exposição cultivares de batata-doce desenvolvidas em Presidente Prudente, como IAC Prudentina, IAC Clara e IAC Lavínia, que apresentam casca roxa e polpa amarelada. “As cultivares estão para serem fornecidas aos produtores. São oriundas das cultivares Londrina e Uruguaiana”, explica a pesquisadora da Apta Regional de Presidente Prudente Amarílis Beraldo Rós.
Amarílis comenta que a Apta regional de Presidente Prudente trabalha com o melhoramento genético de batatas-doces e possui materiais de grande produção. “Todas têm potencial para produzir mais de 40 toneladas por hectare de raízes tuberosas comerciais”, comenta a pesquisadora.
Os visitantes poderão ter contato direto com os profissionais da pesquisa, extensão rural e defesa agropecuária da Secretaria de Agricultura. No Campo de Difusão de Tecnologia, a Apta Regional de Assis leva ao produtor, além das novidades das cadeias produtivas das culturas da mandioca e da batata-doce, informações sobre uva, soja e milho.
No cultivo da uva, os pesquisadores apresentarão resultados de mais de seis anos de experimentos com a videira Niágara Rosada, enxertada sobre diferentes porta-enxertos, na região de Assis. Já na cultura do milho, o pesquisador Doná difundirá informações aos produtores sobre a importância da utilização de cultivares tolerantes ao complexo enfezamento e viroses.
Encontro Técnico da Mandioca
A abertura do encontro será às 14h, com o presidente da Apmesp, José Reynaldo Bastos da Silva. Às 14h10, Sérgio Doná fala sobre as ‘novas cultivares de mandioca IAC para a região’.
Logo em seguida, Fábio Isaías Felipe (Cepea/Esalq) comenta sobre a ‘mandioca e derivados: conjuntura econômica para o centro-sul’.
Às 15h40, o encontro recebe o palestrante Marcos Antônio Sedrez Rangel (Embrapa), que discursará sobre o ‘plantio direto e produção integrada: oportunidades de ganhos de competitividade e sustentabilidade.
O palestrante Valdemir Antonio Peressin (IAC-Apta) fala sobre ‘herbicidas registrados para a mandioca’ às 16h20.
O encerramento acontece às 16h50, com a coordenadora da Universidade Corporativa Coopermota, Flávia Carvalho Silva, José Reynaldo Bastos da Silva e Sérgio Doná.
Logo em seguida, acontece um tour pelos estandes da Apta Regional, Cati, IAC e Embrapa no recinto da Coopershow.
Por
Gustavo Steffen de Almeida
Assessoria de Imprensa – APTA
