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Processadoras de carne bovina anunciam investimentos em rastreabilidade durante a COP28

A JBS e a Marfrig anunciaram separadamente investimentos para aumentar a rastreabilidade da cadeia produtiva de carne bovina e pecuária sustentável durante a COP28, em Dubai, na semana passada.

A Marfrig antecipou a meta para monitorar 100% de sua cadeia de fornecimento de gado, de 2030 para 2025, com investimento de R$ 100 milhões na nova fase do seu Programa Verde+, focado no estabelecimento de uma pecuária sustentável.

Entre as ações previstas no programa estão a recuperação e a transformação de pastagens degradadas, a restauração ecológica de florestas nativas, a melhoria genética do rebanho, a produção de carne baixo carbono e carne carbono neutro, entre outras, segundo nota divulgada pela empresa.

A JBS disse separadamente que investirá R$ 43,3 milhões nos próximos três anos para melhorar a transparência e a rastreabilidade da cadeia do gado no Pará, além de apoiar pequenos produtores com programas de regularização ambiental e adoção de práticas regenerativas e sistemas agroflorestais.

Parte do investimento, cerca de R$ 5 milhões, será aplicada para implementar o rastreamento com chips individuais no rebanho bovino no Pará nos próximos três anos.

O programa para rastreabilidade individual teve início com a aplicação de identificadores eletrônicos individuais do gado na unidade da Friboi em Marabá (PA), segundo a JBS.

Após a validação do sistema e o desenvolvimento de protocolos para utilização da tecnologia pelas fazendas que fornecem diretamente para a JBS, a empresa disse que vai amparar os demais parceiros no projeto para iniciar os testes nas fazendas de cria e recria de animais.

Além dos R$ 43 milhões de contribuição da JBS, o Programa de Integridade e Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Pecuária de Bovídeos Paraenses do governo estadual conta com R$ 80 milhões em recursos do Fundo Bezos, segundo nota divulgada pelo governo do Pará.

O programa estadual visa rastrear todo o rebanho bovino até dezembro de 2026, ter 100% dos Cadastros Ambientais Rurais validados até dezembro de 2026, recuperar 20% da área de pastagens degradadas e priorizar a implementação da rastreabilidade no entorno de Territórios Coletivos, como povos indígenas e comunidades tradicionais.

 

Por Anna Flávia Rochas

Fonte: CarneTec Brasil

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