Doença que mais ameaça a produção de laranja em todo o mundo, o greening atinge todos os tipos de plantas cítricas e não tem cura. Essa praga é causada por uma bactéria e disseminada por um inseto, chamado de psilídeo. Ou seja, uma vez contaminada, não é possível eliminar a bactéria da planta, que por sua vez serve de meio para o psilídeo infectar outras espécies do pomar.
Diante disso, o Governo de São Paulo trata o controle do greening como prioridade e está adotando uma série de ações para controlar a praga.
No mês passado, uma reunião para tratar do assunto foi realizada entre o governador Tarcísio de Freitas, o corpo técnico da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e lideranças da citricultura no estado.
A gestão estadual também lançou recentemente um canal de denúncias para produtores que identificarem a praga em seus pomares.
“Há um alto índice de desenvolvimento da praga principalmente em pomares abandonados e pomares caseiros. Muitas vezes, temos ali no fundo do quintal um pé de laranja ou de qualquer outro cítrico e, às vezes, esse pé é um foco da doença e de contaminação para outros pomares, principalmente os comerciais”, afirma o coordenador das Câmaras Setoriais e Temáticas da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, José Carlos de Faria Jr.
De acordo com o Fundo de Defesa da Citricultura, o Fundecitrus, associação privada mantida por citricultores e indústrias de suco do estado de São Paulo, embora o greening tenha sido encontrado pela primeira vez na Ásia há mais de 100 anos, ele foi identificado no Brasil apenas 2004. Hoje, a doença está presente em todas as regiões citrícolas paulistas e em pomares de Minas Gerais e Paraná, além de países da América do Sul e Estados Unidos.
O controle do greening é de extrema importância para o agronegócio de São Paulo, que é o maior produtor de laranjas do país. Segundo a Fundeciturs, a citricultura paulista exporta US$ 2 bilhões por ano. São cerca de 9.600 propriedades que geram 200 mil empregos no estado.
Controle e características
Para evitar que a praga se alastre, é preciso que haja o controle do psilídeo por parte dos produtores. Esse controle pode ser feito por meio do rodízio de defensivos agrícolas utilizados, por exemplo. Outra necessidade é a erradicação de plantas até oito anos contaminadas com a bactéria.
Ao serem afetados pelo greening, os pés de laranja mais novos não conseguem produzir os frutos. Já os pés adultos sofrem uma queda prematura dos frutos e acabam definhando ao longo do tempo.
O primeiro sintoma do greening é o surgimento de folhas amareladas e com manchas irregulares, sem simetria entre as duas metades. As folhas afetadas também tendem a cair e dar lugar a novas brotações pequenas e na posição vertical. Em alguns casos, a nervura da folha fica grossa e mais clara, podendo também adquirir uma textura áspera.
Já as laranjas de pés infectados pela bactéria não amadurecem normalmente e ficam com uma coloração verde clara manchada, deformados e pequenos, caindo do pé precocemente.
Ouça aqui o boletim do Governo com o balanço das ações.
Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo
imprensa@comunicacao.sp.gov.br
(11) 2193-8520
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo