A segunda etapa da estratégia para o fortalecimento das ações de educação fitossanitárias de prevenção à monilíase do cacaueiro na região Norte foi realizada com sucesso entre os dias 16 e 20 de outubro. A iniciativa faz parte da 9ª Operação de Educação Sanitária denominada: “II Caravana de Educação para prevenção da monilíase: é preciso conhecer para combater!” e foi realizada pelo Programa Nacional de Educação Sanitária (Proesa) da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura (Mapa), em parceria com a Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária no Pará, pela Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), pela Comissão Executiva do Plano de Lavoura Cacaueira (Ceplac) e, dentre outros parceiros, pela Prefeitura de Tomé Açu/PA.

“Atualmente, a monilíase do cacaueiro é uma das principais ameaças fitossanitárias para as cadeias produtivas do cacau e cupuaçu do Brasil. No Pará, a chegada dessa doença nos dias atuais pode inviabilizar o processo de comercialização das amêndoas de cacau para as indústrias processadoras que se encontram instaladas na Bahia, que são os principais compradores. Isto porque uma vez detectados os primeiros focos desta doença em território paraense, o trânsito de amêndoas para outros estados precisa ser interrompido”, relata Paulo Albuquerque, auditor fiscal federal agropecuário da Ceplac.

O principal objetivo da caravana foi capacitar profissionais sobre a aplicação de metodologias participativas de aprendizagem para serem utilizadas nas atividades de educação fitossanitária voltadas para a monilíase do cacaueiro.

Participaram ao todo 755 pessoas. Dentre elas, 68 profissionais do setor agropecuário, 70 lideranças, 349 estudantes, 208 produtores rurais e 60 pessoas entrevistadas e sensibilizadas. A caravana passou por diversos locais. Dentre eles, escolas municipais, comunidades rurais, associações e cooperativas de produtores rurais, comunidades quilombolas, assentamentos e também na Universidade Federal Rural da Amazônia.

Caravana Educativa em Tomé Açu-PA

A ação foi planejada e executada em uma região estratégica do Pará, com grande produção de cupuaçu e cacau, levando educação à população local para que possam conhecer a praga, suas medidas de prevenção e controle, assim como a sensibilização quanto à relevância da participação da comunidade contra a doença.

Uma das estratégias adotadas foi a de formar multiplicadores do conhecimento, aplicando  metodologias ativas e de alinhamento das atividades de educação, a fim de que os conhecimentos adquiridos pudessem ser compartilhados em novas caravanas a serem realizadas nas suas unidades de origem. Nesta etapa foram dois dias de capacitação teórica e prática, com a realização de atividades educativas com a comunidade.

“A Caravana foi de suma importância. Aprendemos diferentes formas e metodologias para abordar o produtor e conseguimos repassar os cuidados para prevenir a monilíase, dentre eles o de não mexer no fruto contaminado e comunicar imediatamente os órgãos competentes. A Caravana foi show e estamos aqui para contribuir”, relata Márcio Siqueira Moura, coordenador técnico e associado da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé Açu (Camta).

Nessa abordagem, foram capacitados fiscais, extensionistas e outros profissionais das Agências de Defesa Agropecuária de toda a Região Norte, da Bahia e Espírito Santo, assim como técnicos da Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável (Emater) do Pará, do Senar/FAEPA, das Secretarias Municipais de Agricultura (Semagri) e de Saúde de Tomé Açu, e também os técnicos da Cooperativa de produtores deste município (Camta) e do Sindicato Rural de Tomé Açu.

Posteriormente, os participantes foram convidados a entrarem no grupo de whatsapp “Combate à monilíase”, para que o repasse de informações através de cartazes, mensagens de áudios, vídeos, dentre outros materiais educativos, continue para esta comunidade. Até o momento, há 104 participantes.

Fonte: MAPA