Depois de – no acumulado janeiro/agosto – perder a sétima posição para o milho e passar para o oitavo lugar na pauta cambial brasileira, em setembro a carne de frango in natura manteve a posição, acumulando em nove meses receita cambial ligeiramente superior a US$6,9 bilhões, resultado 3,34% superior ao de idêntico período de 2022.
Quem não permaneceu na mesma posição foi o milho que, mês a mês, vem galgando novos postos. Fechou setembro na sexta posição, preenchendo o lugar que no mês anterior era ocupado pelos óleos combustíveis, neste ano em desempenho oposto ao do milho.
Interessante notar que a receita cambial do milho aumentou pouco mais de 27%, índice inferior ao do açúcar, cujo aumento de receita registra diferença de mais de 10 pontos percentuais, chegando aos 38%. No entanto, o volume de milho já embarcado aumentou mais de 40%, ou seja, aproxima-se dos 35 milhões de toneladas e supera a produção da primeira safra brasileira de milho de 2023 (perto de 27,4 milhões de toneladas, segundo a CONAB).
A ressaltar, também, que a metade dos seis principais produtos exportados pelo Brasil até setembro está representada por produtos destinados sobretudo à produção animal – milho e soja (em grão e farelo). Nada contra (muito pelo contrário), mas é forçoso reconhecer que o Brasil está fomentando a produção animal externa.
Fonte: AviSite