Na terceira semana de setembro (10 a 16, com cinco dias de negócios) o frango abatido apresentou comportamento até acima esperado do período que marca o encerramento de uma primeira quinzena, pois chegou ao final do período com valorização de, praticamente, 12% em relação ao preço alcançado no último dia do mês anterior, o maior ganho registrado neste ano para o período.

Em função desse desempenho merece destaque o fato de a quinzena ter sido encerrada com uma variação negativa anual que não era observada desde março deste ano. Ou seja:  enquanto dois meses atrás o preço alcançado chegou a ficar mais de 30% aquém do registrado um ano antes, desta vez a quinzena foi encerrada com uma variação negativa de apenas 10,5%. Isto, em comparação àquela que foi uma das melhores cotações alcançadas pelo frango abatido em todos os tempos (R$8,14/kg em 15 de setembro de 2022).

De toda forma, considerada a cotação média dos primeiros 10 dias de negócios de setembro corrente (R$6,89%/kg), a variação em relação ao mesmo mês do ano passado permanece quase 15% inferior, enquanto em comparação à media de agosto passado ocorre ganho próximo de 9%.

Restando outros 10 dias de negócios para o encerramento de setembro, fica a indagação quanto ao desempenho esperado nesta segunda metade do mês. O fato é que os bons resultados da primeira quinzena se devem não apenas à chegada dos salários ao mercado, mas também a uma melhor adequação da oferta. E isto deve propiciar melhor estabilidade ao mercado, sem aqueles retrocessos agudos que, em algumas ocasiões, têm marcado a segunda quinzena do mês.

A perspectiva de estabilidade envolve, também, uma menor procura pelo frango vivo do mercado independente que, por isso, também tende a permanecer com preços estáveis e cotado no máximo (interior paulista) por R$5,00/kg, valor que vem sendo praticado há quase 45 dias.