Reduzir a pegada de carbono e de metano pelos bovinos e auxiliar para o desenvolvimento de uma pecuária mais sustentável no Estado de São Paulo são alguns dos objetivos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Atualmente, o Estado dispõe de várias tecnologias para tornar a pecuária uma atividade mais eficiente, como o sistema ILP (Integração Lavoura Pecuária) e o correto manejo da pastagem.
Outra maneira é a suplementação alimentar com aditivos a fim de reduzir a geração de metano. Esse assunto inclusive foi o tema principal da reunião da manhã desta terça-feira (12), entre o coordenador de Relações Institucionais da Secretaria de Agricultura, José Luiz Fontes, e o vice-presidente da DSM_Firmenich, Mark van-Nieuwland. O encontro serviu para apresentar um aditivo utilizado em ração de vacas e de outros ruminantes, como ovelhas e cabras. O produto é decomposto com segurança no sistema digestivo do animal, contribuindo para uma redução imediata da pegada ambiental de carne, leite e produtos lácteos.
Segundo Mark van-Nieuwland, com uma digestão mais eficaz dos animais, é possível reduzir a geração de metano. Para José Luiz Fontes, a proposta é um assunto importante para a Pasta, que atua fortemente com pesquisas no sentido de avançar e possuir uma agricultura mais sustentável.
Esse tema é tão relevante que o Instituto de Zootecnia, órgão ligado à Secretaria de Agricultura, deve lançar no final deste mês de setembro, o Centro de Ciência para o Desenvolvimento da Neutralidade Climática da Pecuária de Corte em Regiões Tropicais – NeuTroPec, em São José do Rio Preto. O intuito é avaliar as questões relacionadas à emissão de metano decorrente da produção pecuária, especificamente para as condições encontradas nas regiões tropicais do Estado de São Paulo. O Centro é de extrema importância para a pasta do Agro, promovendo o avanço no conhecimento, difusão e transferência de tecnologia, contribuindo para o impacto social e econômico.
“Além do Centro de Ciência, um outro trabalho que pretendemos colocar em prática é o Pagamentos por Serviços Ambientais voltado ao pecuarista. O PSA é um mecanismo financeiro para remunerar produtores rurais, agricultores familiares e assentados, assim como comunidades tradicionais e povos indígenas, pelos serviços ambientais prestados em suas propriedades que geram benefícios para toda a sociedade”, pontou.
Ainda segundo Fontes, o PSA é essencial para colocar em prática as sugestões de forma a beneficiar o pequeno e médio produtor. “O pagamento de serviços ambientais pode ser uma fonte de renda para a comunidade rural e para a pecuária”, finalizou.
Estiveram presentes ainda na reunião o coordenador da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios – Codeagro, a líder de Sustentabilidade de Nutrição Animal Ruminantes da DSM-Firmenich na América Latina, Fernanda Marcantonatos, e a gerente de Sustentabilidade de Nutrição Animal Ruminantes da DSM-Firmenich, Verônica Lopes.
Fonte: Assessoria de Comunicação SAA/SP