A quarta semana de agosto (20 a 26, cinco dias de negócios) apresentou o comportamento típico de toda aproximação de final de mês, com queda de preço em relação à semana anterior.

Desta vez, porém, a queda não foi tão aguda como em meses anteriores. Assim, a despeito do retrocesso, o preço médio alcançado no último final de semana permaneceu como o melhor resultado dos últimos três meses.

Com isso, a média do mês (primeiros 19 de um total de 23 dias úteis) permanece com o mesmo valor da semana passada – R$6,33/kg, resultado que corresponde a um aumento de 8,76% sobre o mês anterior, mas a queda de 21,37% em relação ao que vigorou em agosto do ano passado. No ano, a retração ficou próxima de 20% (mais exatamente, 19,73%).

Interessante notar, neste caso, que tais reduções não têm chegado integralmente ao consumidor, pois, de acordo com o IPCA-15 do IBGE, nos últimos 12 meses a redução registrada pelo frango inteiro não foi além dos 5%, enquanto no ano o retrocesso fica abaixo dos 8%. De toda forma, tais índices se contrapõem ao IPCA-15, que no ano e nos últimos 12 meses aumentou, respectivamente, 3,38% e 4,24%.

Como estamos às vésperas de um novo mês, o mais provável é que a cotação atual permaneça nos mesmos níveis nestes quatro últimos dias de agosto. Mas essa estabilidade vem sendo mantida à custa de estrita administração da oferta, o que significa que continua mínima a procura pela ave viva disponibilizada no mercado independente.

Em decorrência, o valor máximo pago pelo frango vivo no mercado paulista – de R$5,00/kg e vigorando desde os primeiros dias do mês – permanece inalterado, mas sujeito a descontos variados.

Tal, situação, porém, está restrita a São Paulo. Pois em Minas Gerais, conforme a AVIMIG, o mercado continua com a mesma firmeza observada desde o início do mês. A ponto de, na semana passada (dia 23) ter proporcionado ao frango vivo novo ajuste de cinco centavos, o que elevou a cotação do produto para R$4,95/kg. É a menor diferença (cinco centavos) em relação a São Paulo nos últimos 30 dias.