Os números divulgados ontem (7) pela SECEX/ME, relativos às exportações brasileiras de carne de frango in natura da primeira semana de agosto (1 a 5, quatro dias úteis) trazem embutidos, sem dúvida, dados não contabilizados do mês anterior – uma ocorrência normal, pois se repete quase todos os meses.
Aponta nessa direção o fato de a média diária exportada no período ter ficado próxima dos 29,5 milhões de toneladas, alcançando volume que, além de superar em mais de 52% e em quase 70% o que foi embarcado, respectivamente, em julho passado e em agosto de 2022, também ficou perto de 50% acima da média registrada nos sete primeiros meses deste ano. Ou seja: é um resultado que foge à normalidade.
Não que possa ter ocorrido redução. A percepção é a de que os embarques permanecem em alta. Mas não tão elevados quanto os apontados. E isto só ficará mais claro quando estiverem disponíveis os resultados da presente e das próximas semanas.
Mas o que mais chama a atenção além do alto volume inicial é o preço médio registrado na abertura do mês. Pela SECEX/ME, ficou em US$1.690,70/tonelada, o que significa que retrocedeu quase 20% em relação a agosto de 2022 (US$2.082,27/t).
É verdade, neste caso, que um ano atrás a carne de frango convivia com os melhores preços de todos os tempos – o recorde histórico foi alcançado um mês antes, em julho/22. Assim, parte da queda atual é justificável. Mesmo assim, o valor atual representa redução de mais de 13% sobre o mês anterior (US$1.945,47/t em julho passado), correspondendo também ao menor preço registrado desde o semestre inicial de 2021, época em que o setor ainda enfrentava os desdobramentos da Covid-19. Primeiro efeito, agora, dos casos de IAAP em território brasileiro?
Independente da resposta a realidade é que, até aqui, a carne de frango já embarcado se encontra próxima dos 3 milhões de toneladas, resultado que deve ser superado nesta semana. Em 2022 esse volume só foi alcançado no mês de setembro.
Fonte: AviSite