Na história das exportações brasileiras de carne de frango têm sido poucas as vezes em que o volume embarcado no primeiro semestre ficou aquém do mesmo período do ano anterior. Nos últimos 10 anos, por exemplo, isso ocorreu em somente duas ocasiões – 2017 e 2018 (e por influência, tudo indica, da malfadada Operação Carne Fraca, de 2017).

O que não é tão comum é o volume de um primeiro semestre superar o do semestre imediatamente anterior. Isso acontece não só porque o período é mais curto (inclusive no tocante ao número de dias úteis, base dos embarques), mas especialmente porque as negociações de todo início de ano são mais lentas, até em função do Inverno no Hemisfério Norte, ocasião em que alguns portos ficam paralisados. Não por menos, em sete dos últimos 10 anos o volume exportado no primeiro semestre foi menor que o do segundo semestre do ano anterior.

Pois em 2023, superou-se não só o primeiro, mas também o segundo semestre de 2022. É verdade, neste caso, que o volume embarcado no segundo semestre sofreu ligeira retração em relação ao semestre anterior. Mesmo assim, as exportações deste ano superaram todos os segundos semestres anteriores, fechando a primeira metade do exercício com o melhor desempenho semestral de todos os tempos.

Em síntese, o volume até agora exportado, de pouco mais de 2,456 milhões de toneladas considerado apenas o produto in natura, aumentou 10,41% em relação ao semestre inicial de 2022 e nada menos que 11,5% em relação ao semestre imediatamente anterior, o segundo do ano passado.