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Secretaria de Agricultura apresenta Plano de Comunicação direcionado à problemática do javali no Estado de São Paulo.

Em reunião na última quinta-feira (22), a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento recebeu jornalistas da área de comunicação das secretarias de Meio Ambiente, Saúde, Casa Civil e Comunicação do Governo do Estado de São Paulo.

Na ocasião, o coordenador de comunicação, Giuliano Lagonegro, e o responsável pela Comunicação, Gustavo Moré, ambos da SAA, apresentaram um Plano de Comunicação como parte do Plano de Prevenção, Monitoramento e Controle do Javali. A Ação 38 do plano divulga para a sociedade civil outras ações relacionadas ao controle da população de javalis e javaporcos Peste Suína Clássica no território do Estado de São Paulo.

O plano total conta com 39 ações e o objetivo da Ação 38 é o de orientar, por meio dos meios de comunicação, a população sobre as consequências que a proliferação da espécie invasora pode trazer ao Estado de São Paulo.

Em áreas agrícolas, a presença do javali representa risco sanitário para seres humanos, para suínos e para o ambiente.  Os javalis podem transmitir tuberculose, toxoplasmose e até leptospirose para seres humanos e suínos, além de Peste Suína Clássica, Doença de Aujezsky e diversas doenças especificas para os suínos. Javalis fuçam o solo e assoreiam e contaminam a água de córregos e nascentes.

Os médicos veterinários Artur Luiz de Almeida Felicio, diretor técnico do Programa Estadual de Sanidade de Suídeos, Marcelo Baptista, diretor da CATI Regional de Bragança Paulista, e João Carlos de Campos Pimentel, assistente da Assessoria Técnica da Secretaria de Agricultura estiveram presentes e esclareceram aos assessores de comunicação presentes as dúvidas sobre o impacto que a espécie tem causado às lavouras e os riscos que coloca à criação de suínos, além de detalhes sobre a forma como o Estado trata o problema, de forma legal e segura.

O javali, que não é uma espécie nativa do Brasil, vive em bandos, no meio de matas ciliares, perto de rios e lagoas invadindo plantações e pastagens, principalmente durante à noite. Entram em cercados de porcos domésticos para se alimentar ou para realizar cruzamentos com as porcas domésticas e podem transmitir doenças por contato direto.

Segundo o Ibama, o animal hoje se expande por 650 municípios brasileiros e é um problema também para o ambiente.  A caça no Brasil é considerada um crime ambiental de acordo com a Lei Federal 9.605/98. O IBAMA regularizou o controle populacional do javali, nas regiões afetadas pela espécie.  Os métodos usados podem ser a perseguição dos animais seguido de seu abate direto ou sua captura por meio de armadilhas do tipo jaula, curral ou rede, seguido de abate.  Vale ressaltar que o abate só pode ser feito por pessoas físicas ou jurídicas cadastradas pelo IBAMA, por meio do Sistema Integrado de Monitoramento de Fauna, o SIMAF.

Segundo Giuliano Lagonegro, a imprensa terá papel fundamental para ajudar o Poder Público a esclarecer à população sobre essa forma segura e legal de controlar a proliferação desses animais.

Uma das informações mais relevantes para a sociedade é o que fazer quando as pessoas avistam javalis soltos. Em caso de avistamento desses animais, a recomendação é comunicar o fato à Secretaria de Meio Ambiente do município e notificar, por meio de seu site, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. Com as denúncias de avistamento, é possível construir um mapa da ocorrência da população de javalis no território paulista e direcionar esforços de controle.

Vale lembrar que a presença de javalis em vida livre em áreas naturais compromete a biodiversidade, a água e o solo. Em áreas agrícolas e pecuárias, o javali representa risco sanitário porque os animais podem transmitir doenças de grande impacto para a saúde pública e para os suínos e bovinos do estado, como a Brucelose, Tuberculose, Cisticercose, Teníase, Toxoplasmose, Leptospirose, Triquinelose e Raiva, entre outras doenças. O javali tem capacidade de transmitir a Peste Suína Clássica para o rebanho suíno, uma doença com forte impacto econômico negativo para a produção e exportação de carne suína pelo Brasil.

Também participaram da reunião Hélia Araújo, diretora de Comunicação da Secretaria de Saúde, Lika Almeida, da Assessoria de Comunicação da Casa Civil, Mariana Antunes, da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, e Thais Gomes, da Secretaria de Comunicação.

Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

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