O Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em São Paulo (LFDA/SP) obteve resultado satisfatório em rodada internacional de Ensaios de Proficiência (EP) para a detecção do vírus da influenza aviária. O ensaio de proficiência laboratorial é a ferramenta que garante a qualidade e a competência dos laboratórios em promover a confiabilidade dos resultados analíticos produzidos.
Essa avaliação é realizada anualmente pela OFFLU (rede global de especialistas da OMSA/FAO em influenza animal) para medir o desempenho dos laboratórios envolvidos no diagnóstico de influenza animal que têm os resultados obtidos definidos como aceitáveis ou inaceitáveis, com base na concordância dos valores qualitativos esperados.
Neste ano, a ação foi organizada pelo CSIRO/Australian Center for Disease Preparedness em nome da OFFLU e teve o objetivo de determinar o desempenho individual de cada laboratório participante para a detecção do vírus influenza A e dos subtipos H5, H7 e H9 (opcional) do vírus da influenza aviária usando testes moleculares (PCR convencional ou PCR em tempo real).
Além disso, os laboratórios foram instruídos a realizar o sequenciamento do sítio de clivagem da hemaglutinina a fim de determinar se as amostras positivas para os subtipos H5 e H7 se tratavam de vírus de alta ou baixa patogenicidade.
Para obtenção dos resultados, cada laboratório recebeu um painel composto por 12 amostras representativas de linhagens virais globalmente relevantes e em concentrações que permitissem a patotipificação por sequenciamento. Dentre as 12 amostras do painel, 11 eram positivas para influenza A, sendo 07 pertencentes ao subtipo H5, uma ao subtipo H7 e três ao subtipo H9.
Após as análises e submissão dos resultados, cada laboratório foi avaliado como aceitável ou inaceitável. Todos os resultados obtidos pelo LFDA/SP para a detecção de influenza A e dos subtipos H5 e H7 foram avaliados como aceitáveis. Adicionalmente, o Laboratório detectou corretamente as três amostras positivas para H9 e determinou acertadamente os subtipos H5 e H7 como sendo de alta ou baixa patogenicidade.
Os resultados demonstram que os protocolos implantados no laboratório oficial do Mapa (LFDA/SP) para detecção e sequenciamento dos subtipos H5 e H7 do vírus da influenza aviária são capazes de detectar e caracterizar, não só a influenza aviária de notificação obrigatória, como outros vírus influenza A relevantes para a saúde animal e para a saúde pública.
Fonte: MAPA