A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) espera que as escalas de abates de bovinos no estado sejam afetadas após o incêndio na unidade da JBS em Diamantino (MT), segundo nota divulgada pela entidade na segunda-feira (12).
“Num momento em que as indústrias em todo o estado estão a pleno vapor, utilizando praticamente 100% da capacidade, a suspensão da operação nessa unidade certamente prejudicará ainda mais as escalas de abate em todo o estado”, disse a Acrimat.
“Esperamos que as unidades que se encontram paralisadas como as de Juína, Juara e Vila Rica sejam colocadas em funcionamento.”
A Prefeitura de Juara informou em nota na segunda-feira (12) que a JBS entrou em contato com o governo local e pretende iniciar a seleção de empregados em parceria com o Sistema Nacional de Emprego (Sine) da cidade na quinta-feira (15) para potencial reabertura da planta no início de agosto.
A JBS não respondeu, até a noite de terça-feira (13), aos questionamentos da CarneTec sobre a possibilidade de retomar operações em Juara, Juína e Vila Rica e estimativa para o retorno das operações em Diamantino.
O incêndio na planta da JBS em Diamantino ocorreu na madrugada de sábado para domingo (11). A JBS disse que não houve vítimas.
A planta tem capacidade de abate de mais de 4 mil bovinos por dia e é localizada em região de logística estratégica no estado, cercada de confinamentos e rodovias federais e estaduais, segundo a Acrimat.
“A unidade de Diamantino recebe animais não só de áreas próximas da indústria mas de grandes centros produtores, principalmente, da capital e seu entorno e da região noroeste e norte do estado”, disse a entidade.
A Acrimat disse que se solidariza com os acionistas do grupo JBS pelo incidente e espera que a empresa consiga rapidamente recolocar a unidade em funcionamento.
Por Anna Flávia Rochas
Fonte: CarneTec Brasil