Na semana de passagem de maio para junho, a 22ª de 2023, o frango abatido, com o preço em significativo retrocesso, voltou ao mesmo valor nominal observado pela última vez nos primeiros dias de fevereiro. De 2022!
Isso mesmo. Sem apresentar a reação típica de todo novo início de mês, o frango entra no último mês do primeiro semestre de 2023 com cotação idêntica a alcançada pela última vez quase 500 dias atrás.
Não esteve sozinho, claro. Foi acompanhado pelo boi e pelo suíno, fazendo rememorar movimento natural que, ausente há vários anos, sempre marcou o fim do período da chamada “safra de carne”, dando início – na virada do primeiro para o segundo semestre – a um período de recuperação de preços.
É bem provável que isto não ocorra em 2023. Porque os padrões de compras e as condições econômicas do consumidor são bem diferentes. Mas também porque o principal fator de custo da produção animal – matérias-primas alimentares – também registra significativa retração.
Considerados os valores praticados nos dois primeiros dias de negócios de junho, o valor alcançado pelo frango abatido se encontra cerca de 9% abaixo do registrado em maio passado e quase 22,5% aquém do observado em junho de 2022, ocasião em que caminhava para um recorde histórico de preço, alcançado três meses depois, em setembro.
Naturalmente, o frango vivo não permaneceu imune a esse movimento. Negociado no interior paulista por, no máximo, R$5,10/kg durante boa parte de maio, nos últimos dias do mês passou a sofrer sucessivos retrocessos, entrando em junho por, também no máximo, R$4,50/kg.
Tal valor, ressalte-se, também não era registrado desde os primeiros dias de fevereiro. Mas, bem pior que o ocorrido com o frango abatido, desde fevereiro de 2021.
Fonte: AviSite