Os dados do Sistema Alice da SECEX/ME apontam que em abril passado as exportações dos quatro principais itens comercializados pelo Brasil no mercado internacional (frango inteiro, seus cortes, carne de frango salgada e industrializados) não chegaram a alcançar as 400 mil toneladas (o volume exato foi de 399.838.057 quilogramas). A receita cambial, por seu turno, ficou em US$778 milhões.

Tais resultados – comparados a números anteriores também divulgados pela SECEX/ME – significam volume cerca de 1,5% menor que o de abril de 2022. Já a receita recuou quase 3%, o que denota queda também no preço médio, o que já era esperado.

O que não era esperado são os números extremamente baixos do Sistema Alice. Porque, pelas informações iniciais, divulgadas no primeiro dia útil do mês, somente as exportações de produto in natura somaram 408,3 mil toneladas, propiciando receita de R$772,1 milhões. E isso está sendo confirmado pelos dados consolidados de abril, reproduzidos na tabela abaixo – que mostra os resultados das exportações entre abril de 2022 e abril de 2023.

Enfim, para não fugir ao padrão, a tabela com os resultados mensais dos últimos 24 meses é reproduzida abaixo. Mas, com certeza, ela deve passar por correções.

Importante ressaltar que, de acordo com a ABPA, o total exportado em abril somou 435,1 mil toneladas, volume no qual estão inclusos os enchidos de carne de frango, como salsicha, linguiça, fiambre, mortadela e outros, o que supera em 4% o total exportado um ano atrás.

Tais números estão mais condizentes com a realidade, pois compreendem, além dos enchidos e das 408,3 mil toneladas de produto in natura especificadas pela SECEX/ME, os industrializados (em março, quase 11 mil toneladas) e a carne de frango salgada (cerca de 16 mil toneladas em março último). Ou seja: tudo pode não passar de um erro de codificação de um ou outro item exportado.