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FAESP busca o fortalecimento do Fundepec

A FAESP está dando continuidade às ações para a sustentabilidade financeira do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Estado de São Paulo (Fundepec), que vai reunir os recursos financeiros necessários para eventual indenização de animais em caso de abate sanitário em decorrência de foco de febre aftosa. Em março, o presidente do Fundo e coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da FAESP, Cyro Penna Junior, encontrou-se com Sergio Bortolozzo, que assumiu a presidência da Sociedade Rural Brasileira (SRB) no mês anterior, para atualizar os assuntos pertinentes ao fundo, considerando que a FAESP e SRB integram o Conselho Deliberativo do Fundepec e patrocinaram a sua reativação em 2022.

Cyro esteve reunido também com o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Antonio Junqueira, e com o secretário adjunto, Marcos Renato Böttcher, para posicionar a Secretaria a respeito dos trabalhos da FAESP e da SRB na formação do Fundepec. Foi discutido o status do termo de colaboração iniciado em 2022 e novas estratégias para o fortalecimento financeiro do Fundo. “O modelo de arrecadação que construímos até agora é voluntário. Cabe ao produtor rural, pecuarista de corte e leite, contribuir espontaneamente para o fundo”, destacou. Participou desse encontro também o gerente do Departamento Econômico da FAESP, Cláudio Brisolara. “Precisamos de um trabalho mais amplo junto à iniciativa privada, mas com apoio do poder público, principalmente da Secretaria de Agricultura. É importante estabelecer algum mecanismo ou incentivo para fazer com que todas as partes envolvidas na cadeia – produtores, frigoríficos, laticínios – passem a contribuir periodicamente para o fundo”, afirmou.

A FAESP vem trabalhando sistematicamente junto aos produtores para contribuir com o governo do Estado de São Paulo no processo de evolução da pecuária paulista para o status de zona livre de aftosa sem vacinação a partir de 2024, de modo a evitar que São Paulo fique em defasagem em relação aos avanços sanitários do Bloco IV do PNEFA – Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa. Dentre as ações está a retomada do Fundo Indenizatório Estadual – o Fundepec, um elemento importante desse processo, pois se trata de uma exigência do Programa do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

As informações relativas ao Fundepec estão disponíveis em https://faespsenar.com.br/fundepec/ – nesta página há detalhes a respeito dos objetivos da entidade, sua composição e estrutura organizacional, quais as entidades associadas e documentos legais como o estatuto e regimento interno.

A vacinação contra febre aftosa será substituída por outras medidas de vigilância sanitária. O produtor vai deixar de gastar recursos com vacinação e pode realocar esses investimentos para o Fundo. “Se não há circulação viral e contamos com um eficiente sistema de vigilância epidemiológica, não há razão para continuar vacinando. É isso que preconiza a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e o próprio MAPA. Ao fazer contribuições pequenas, anuais, para compor o fundo, o produtor ficará mais seguro no processo de suspensão da vacinação”, concluiu o gerente do Departamento Econômico da FAESP.

Este ano a vacinação contra aftosa seguirá o calendário normal: primeira fase em maio e segunda fase em novembro. Haverá ainda uma nova janela de avaliação do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do MAPA para se confirmar a retirada da vacinação a partir de 2024. O Brasil não registra nenhum caso de febre aftosa desde 2006 e o Estado de São Paulo desde 1996.

 

Fonte: FAESP

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