Considerados os quatro principais itens relacionados pela SECEX/ME – frango inteiro, cortes, industrializados e carne salgada – foram embarcadas em março passado perto de 505 mil toneladas, primeira vez nos quase 50 anos da história das exportações brasileiras de carne de frango em que o volume mensal ultrapassa o meio milhão de toneladas.
Superando o recorde mensal de 454.790 toneladas que, pela SECEX/ME, permanecia imbatível desde julho de 2018, as pouco mais de 504.904 toneladas registradas em março representaram aumentos de 35,76% sobre o mês anterior, de 25,44% sobre o mesmo mês do ano passado e de 30,21% sobre a média mensal exportada em 2022.
Com ele, o total acumulado no primeiro trimestre, de 1,286 milhão de toneladas, ficou 16,75% acima do registrado em idêntico período do ano passado e também correspondeu a novo recorde para o trimestre inicial do ano.
É verdade que o preço médio não correspondeu na mesma proporção, pois, pela segunda vez nos últimos 11 meses, voltou a ficar aquém dos US$2.000,00/tonelada. Mais exatamente, ficou em US$1.916,73/tonelada, valor apenas 3,31% superior ao de março de 2022, mas 1,84% inferior ao do mês anterior e 6,06% menor que a média do ano passado.
De toda forma, tal desempenho não teve interferência maior na receita cambial que, pela terceira vez, ultrapassou a marca dos US$900 milhões, atingindo o valor – igualmente recorde – de US$967,766 milhões, resultado 33,26%, 29,59% e 22,01% superior aos alcançados, respectivamente, no mês anterior, um ano atrás e na média de 2022.
Há, ainda, um novo recorde a comemorar. Pois a receita cambial auferida pelo Brasil com as exportações de carne de frango nos últimos 12 meses ultrapassou, pela primeira vez, a marca dos US$10 bilhões, aumentando mais de 25% em relação ao acumulado em idêntico período anterior. É, também, valor mais de 70% superior ao de dois anos atrás (12 meses encerrados em março de 2021), quando o acumulado ficou próximo, mas ainda aquém, dos US$5,9 bilhões.
Fonte: AviSite