Mais digestível para parcela da população, bebida é foco de pesquisas do Instituto
Pesquisadores do Instituto de Zootecnia (IZ-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, estiveram presentes no 2° Encontro Regional sobre a Produção de Leite A2. O pesquisador Anibal Eugênio Vercesi Filho apresentou trabalho de pesquisa que possibilita discernir entre o leite A2 e outros tipos, a partir da detecção do gene alelo A1. O gene presente em algumas proteínas do leite pode torná-lo menos digestível. O leite A2 é recomendado principalmente para pessoas que sofrem com desconforto gastrointestinal ao ingerir leite e derivados.
O evento, que ocorreu em Novo Horizonte, interior paulista, 17/3, teve como objetivo divulgar os avanços na regulamentação do Leite A2, além de apresentar a ação pioneira e exemplar do município de Novo Horizonte na distribuição desse tipo de leite para crianças na alimentação escolar e para idosos atendidos em programas sociais.
A metodologia, desenvolvida no Laboratório de Genética do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Genética e Biotecnologia do IZ, também permite constatar a presença de leite bovino em leite ou derivados comercializados como exclusivamente de búfala, cabra ou ovelha. Segundo Anibal, isso denotaria uma possível fraude ou contaminação. “É possível ainda identificar vacas que produzem leite tipo A2, indispensável no manejo genético e formação de rebanho para produção desse leite”, destaca Anibal.
O evento contou com a participação do secretário da Agricultura e Abastecimento de SP, Antonio Junqueira, do diretor-geral do IZ, Enilson Ribeiro, e do pesquisador Weber Vilas Bôas Soares, do Centro de Bovinos Leiteiros do IZ. Dentre os cerca de 300 visitantes que marcaram presença, estavam profissionais do setor da cadeia de laticínios e representantes de outros estados e municípios.
Por Alexandra Cordeiro
Fonte: Assessoria de Comunicação SAA/SP