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Reunião presencial em Paulínia tratou da prevenção da gripe aviária

Reunião presencial em Paulínia tratou da prevenção da gripe aviária

Estado tem cerca de 300 empresas que trabalham só com reprodução. O Brasil não tem registro de casos da doença

Já começaram a ser adotadas em São Paulo ações conjuntas entre órgãos da União e do Estado para fortalecer a prevenção à influenza aviária de alta patogenicidade. O Brasil não tem registro de casos da doença, também chamada de gripe aviária.

Recentemente, foram confirmados focos em aves silvestres e domésticas em países próximos, como Argentina, Bolívia, Uruguai, Colômbia, Venezuela, Chile e Equador. No Peru e na Argentina houve registro da doença em criações comerciais de aves de produção.

As ações foram definidas em reunião em fevereiro entre a Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado (SFA-SP) e a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do governo estadual. Desde então, as equipes já estão em contato com o setor produtivo para repassar as informações necessárias.

“A reunião tratou de promover um alinhamento institucional entre SFA e CDA em relação às estratégias utilizadas na prevenção da influenza aviária. Rápida comunicação e disponibilização imediata de informações relacionadas ao tema são fundamentais”, disse Fabio Paarman, chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Saúde Animal (Sisa-SP).

De acordo com ele, os dois órgãos reafirmaram seus compromissos com essa agilidade e colocaram os seus dirigentes e técnicos responsáveis pela área em contato permanente. “Além disso, foram planejadas atividades de conscientização sobre a importância da biosseguridade em granjas para a prevenção da influenza aviária”, afirmou.

Paulo Blandino, médico veterinário e gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola (Pesa), disse que as ações conjuntas entre Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e CDA, no intuito de levar orientações a produtores, veterinários e demais profissionais da área de avicultura, têm como finalidade a atualização do panorama atual da influenza aviária. “Também buscam orientar, de forma educativa, fomentando cuidados com a biosseguridade. As ações são de extrema importância neste momento atual e os resultados obtidos, principalmente com comprometimento dos envolvidos, têm sido muito favoráveis”, afirmou Paulo.

Paulínia e Ribeirão Preto

No dia 2 de março, a auditora fiscal Regina Celia Freitas D’Arce, que atua na Unidade de Campinas da SFA-SP, esteve em uma granja de reprodução em Paulínia junto com Paulo Blandino. Os dois falaram a 26 produtores, extensionistas, sanitaristas e outros técnicos dos municípios de Paulínia, Amparo e Itapetininga. Paulo abordou dados sobre a doença e Regina explicou sobre biosseguridade nas granjas. Anteriormente, o veterinário da CDA já havia feito palestra a produtores de frango de corte da mesma empresa.

Na quarta, dia 8, Paulo participou de um ciclo de palestras sobre zoonoses promovido pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-SP), em que falou sobre as ações que o Estado vem tomando em relação à influenza aviária. O evento foi on-line.

“Estamos aproveitando todas as oportunidades de contato que surgem para transmitir o recado”, afirmou Regina. No dia 16 pela manhã, ela fará a palestra “Necessidade da vigilância e notificação para epidemiologia de Newcastle e Influenza Aviária” no 20º Congresso de Produção de Ovos e Comercialização de Ovos em Ribeirão Preto.

Segundo ela, São Paulo tem entre 280 e 300 empresas apenas no ramo da reprodução aviária e elas se encontram geograficamente espalhadas pelo Estado. Já as granjas de postura comercial de ovos ficam mais concentradas nas regiões de Bastos e Guatapará. A produção de frango de corte ocorre em polos como Botucatu, Itapetininga e na região central do Estado. O sistema de videoconferência deve ser adotado para facilitar o acesso a esses públicos.

Protocolo

Em caso de suspeita da doença, qualquer cidadão pode fazer a notificação no sistema e-Sisbravet ou procurar a unidade da CDA mais próxima pessoalmente ou por telefone. O técnico fará uma análise inicial em até 12 horas. Caso a suspeita seja procedente, será colhida amostra para envio aos laboratórios oficiais do Mapa.

Também está em vigor desde 2022 o plano de vigilância da influenza aviária, que consiste em busca ativa em galinhas, codornas, patos, marrecos e outras aves. Amostras já foram coletadas em granjas comerciais e neste começo de ano o foco são aves de subsistência em áreas de risco, como rotas de aves migratórias.

Fonte: MAPA

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