É ocorrência histórica. E natural. Atendido e ultrapassado o período de Festas, até mesmo o comércio internacional registra desaceleração. Daí as exportações brasileiras de carne de frango alcançarem, em geral, o menor volume do ano no mês de janeiro, desempenho influenciado também pela paralisação de alguns portos do Hemisfério Norte devido ao Inverno.
Em 50% dos últimos 16 anos os menores embarques ocorreram na abertura do ano (fevereiro vem na sequência, com cerca de 20% do total, os restantes 30% ficando distribuídos em diferentes meses do ano). Assim, na média desse período (2017 a 2022), o volume exportado em janeiro (considerado apenas o produto in natura) correspondeu a 7,22% do total anual, enquanto o recorde mensal – na média, pouco mais de 9% do total – foi registrado em julho.
Frente a esses índices (apontados em detalhe na linha em vermelho do gráfico abaixo) e supondo-se que o volume exportado em janeiro corresponda à média tradicional, pode-se concluir que doravante (mesmo em fevereiro, mês mais curto do ano, com apenas 18 dias úteis, se consideradas a segunda e terça-feira de Carnaval) as exportações mensais de carne de frango serão sempre superiores a 400 mil toneladas.
Pela projeção abaixo, o total anual pode superar os 5,3 milhões de toneladas, ultrapassando em cerca de 20% o total exportado em 2022 (4,433 milhões de toneladas, só de produto in natura).
Parece muito? Pois em suas primeiras projeções para 2023, feitas ainda em novembro passado, a ABPA estimou que as exportações do corrente exercício podem chegar, até, aos 5,2 milhões de toneladas. Ou seja: a diferença em relação à projeção abaixo não é muito grande.
Fonte: AviSite