Com a chegada da chuva, a atenção do citricultor se volta também para a ocorrência de cancro cítrico nos pomares. A doença, provocada por uma bactéria, afeta a qualidade da fruta, inviabilizando a sua comercialização. O manejo adequado para o combate à doença começa com o cuidado com a lagarta minadora, praga presente na citricultura brasileira desde 1996.

De acordo com o pesquisador do Fundecitrus Franklin Behlau, o inseto não dissemina a bactéria da doença de uma planta para outra ou mesmo para diferentes partes dela. “Ao se alimentar da epiderme do tecido vegetal, a forma jovem da lagarta forma galerias sinuosas de coloração prateada no limbo das folhas jovens e eventualmente em ramos e frutos. Esses ferimentos servem de entrada para a bactéria causadora do cancro”, explica.    

Maior risco

Os ferimentos causados pela lagarta minadora são mais facilmente infectados e permanecem predispostos à entrada da bactéria causadora do cancro cítrico por maior período do que ferimentos mecânicos causados pelo vento ou máquinas. Isso faz com que, em pomares onde a doença está em expansão, os ferimentos causados pela lagarta aumentem a probabilidade de surgimento de lesões da doença em árvores mais distantes daquelas inicialmente afetadas, de forma que a distribuição de árvores doentes se torne menos agregada. Além disso, a praga aumenta as chances do cancro cítrico se estabelecer em pomares ainda livres da doença.

Proteção

A proteção de brotações com inseticida durante a primavera e verão é fundamental para evitar a infestação dos pomares pelo minador dos citros. Um controle adequado do minador contribui para um manejo mais eficiente da doença por meio de aplicações regulares de cobre. Outras informações podem ser obtidas no “Manual de Cancro Cítrico – Medidas Essenciais de Controle” disponível para download gratuito no site do Fundecitrus: https://www.fundecitrus.com.br/comunicacao/manual_detalhes/manual-de-cancro-citrico/79.

Fonte: Fundecitrus