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No Egito, Mapa participa de painel sobre implementação do Plano ABC+ na Amazônia

O painel é uma iniciativa do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal

No sexto dia da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP27), em Sharm el-Sheikh, Egito, o Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento (Mapa) participou do Painel Fundamentos para uma Economia Verde e Agricultura de Baixo Carbono: Desafios, soluções, políticas públicas e as condições estruturantes para consolidar a ABC na Amazônia. O painel é uma iniciativa do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal, no âmbito de seu Programa de Fortalecimento da Bioeconomia e Cadeias Produtivas de Baixo Carbono na Amazônia.

Com o tema da agropecuária de baixo carbono – um conjunto de diretrizes, ações, metas e estratégias para o fortalecimento deste setor, associado à redução do desmatamento e restauração florestal na região, o objetivo do evento é construir soluções efetivas para que a agropecuária de baixas emissões se desenvolva com integridade ambiental.

Representante do Mapa no debate, o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação, Cleber Soares, iniciou sua fala destacando os dois grandes desafios para trabalhar a segurança climática: segurança energética e a segurança alimentar. “Se tem um setor que, apesar de ser altamente vulnerável nessas questões climáticas que é a agricultura, é o setor que, sem medo de errar, mais pode contribuir para superar esses grandes desafios da humanidade do mundo contemporâneo”.

Durante o evento, o secretário também ressaltou os números do primeiro ciclo do Plano ABC. O setor agropecuário brasileiro assumiu o compromisso de implementar pelos menos 35 milhões de hectares de sistemas agropecuários descarbonizantes, por meio de práticas e ferramentas sustentáveis. Cleber citou ainda as principais tecnologias previstas no Plano ABC, como Recuperação de Pastagens, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, sistemas de utilização fixação biológica de nitrogênio, Florestas Plantadas, Manejo de Resíduos e Dejetos e Plantio Direto. Em 10 anos do plano no primeiro ciclo, 52 milhões de hectares de sistemas descarbonizantes mitigaram mais de 170 milhões de toneladas.

“Nessa perspectiva, o Mapa, com parceiros, têm buscado traçar diretrizes para mostrar ao setor produtivo a inclusão produtiva por meio de práticas descarbonizantes, e a nossa grande política é o plano ABC, que vem há 12 anos ininterruptos promovendo a agricultura sustentável no Brasil”, completou.

Para o segundo ciclo do ABC+, as metas para 2050 são de 72 milhões de hectares de sistemas agropecuários descarbonizantes, utilizando as tecnologias preconizadas, sendo que a maior novidade é a descentralização do programa em parceria com estados. Como case de sucesso dessa novidade estão os estados da região amazônica que já adotaram as tecnologias e avançam com números positivos.

A chefe da Embrapa Pesca e Aquicultura, Danielle de Bem Luiz, falou sobre o papel da Embrapa para o desenvolvimento do Plano ABC. “A Embrapa é o braço tecnológico do Mapa”. Também participaram do painel o secretário de Planejamento do Amapá e Coordenador do Programa Regional de Fortalecimento da Bioeconomia e de Cadeias Produtivas de Baixo Carbono da Amazônia Brasileira, Eduardo Tavares; a diretora de Sustentabilidade da Friboi/JBS, Liège Correia; e o presidente do Instituto de Terras do Pará, Bruno Kono.

Desde o início da Conferência, uma equipe das secretarias de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) e de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (SDI) do Mapa e do Serviço Florestal Brasileiro está no Egito para participar de diversos paineis e negociações que acontecem durante a COP27.  

>>> Ouça a matéria na Rádio Mapa
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Fonte: MAPA

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