Divulgação/Mapa
Durante o evento, foi entregue o primeiro Certificado de Conformidade para a produção de oliveira à uma empresa da região de Bagé
Produtores, especialistas e técnicos participaram nesta quarta-feira (28), em Bagé (RS), de workshop sobre o processo de Boas Práticas Agrícolas de Produção Integrada de cinco importantes cadeias produtivas do estado. São elas: maçã, morango, uva para processamento, tabaco e azeite de oliva.
Durante o encontro, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Instituto Certifica e o Inmetro entregaram o primeiro Certificado de Conformidade para a produção de oliveira à empresa Estância das Oliveiras Agroindustrial. O certificado atesta que o produtor adotou as Boas Práticas Agrícolas na sua produção, viabilizando o uso da certificação PI-Brasil e obtenção do Selo Brasil Certificado – Agricultura de Qualidade. No Rio Grande do Sul, são plantados cerca de 7 mil hectares de oliveira. O cultivo ocorre normalmente em regiões de clima temperado, com invernos longos, frios e chuvosos e verões curtos, com baixos índices pluviométricos.
Entrega do primeiro Certificado de Conformidade para a produção de oliveira à empresa Estância das Oliveiras Agroindustrial
Foto: Divulgação/Mapa
Em vídeo, o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (SDI), Cleber Soares, destacou a importância do workshop para o debate, como também de aprimorar os conceitos básicos dos programas de Boas Práticas na Agropecuária, que é a base para Produção Integrada na camada produtiva, ações sociais, gestão e economia.
“Por meio dessa troca, queremos entregar para o consumidor produtos cada vez mais sustentáveis, de alta qualidade, com valor agregado e, consequentemente, gerando renda, riqueza e qualidade de vida não só para o produtor, mas para a sociedade”, disse Soares.
Após a abertura, os presentes acompanharam várias palestras conduzidas por representantes do Mapa, da Embrapa, do Instituto Certifica, além de contar com a participação de produtores que trabalham diretamente com as culturas. Os debates abordaram temas como as “Soluções tecnológicas para a diversificação dos Sistemas Produtivos Sustentáveis na região do Pampa”; as “Vantagens da Certificação em Produção Integrada”; “Experiências e perspectivas de adesão do produtor rural ao Sistema de Produção Integrada”; “Produção Integrada na Agropecuária”.
Produção Integrada
A PI Brasil é um sistema moderno de produção baseado nas boas práticas que eleva os padrões de qualidade e competitividade dos produtos agropecuários e é disponibilizado como um instrumento de apoio aos produtores para que possam atender mercados cada vez mais exigentes.
Adequar os processos produtivos para obter produtos vegetais e de origem vegetal de qualidade é um dos focos da Produção Integrada Agropecuária (PI Brasil). Para aderir ao modelo, que é voluntário, o produtor precisa implementar as Boas Práticas Agrícolas (BPA) na sua plantação, seguindo as orientações do Ministério da Agricultura.
Cartilhas
O Mapa também apresentou as cartilhas “Produção Integrada Agropecuária: Rastreabilidade e Alimento Seguro”, que tratam da adoção de tecnologias modernas de produção, em conformidade com os requisitos da sustentabilidade ambiental, da segurança alimentar, aplicando tecnologias como o georreferenciamento e rastreabilidade. Todo o material pode ser acessado no site do Mapa.
As cartilhas abordam quais os passos para uma produção integrada de culturas como uva, morango, tomate, feijão comum, maçã e hortaliças folhosas, inflorescências e condimentares. Para contar como funciona a PI, 15 personagens foram criados para trazer as explicações de forma acessível.
As cartilhas estão divididas em dez pontos: Produção Integrada Agropecuária (PI Brasil); Norma Técnica para Produção Integrada; Organização e gestão de prioridade; Documentação; Manejo Integrado de Produção; Armazenamento e preparo de agrotóxicos, EPIs, descarte de resíduos e embalagens; Colheita, classificação, embalagem, etiquetamento e armazenamento da produção; Amostragem e análise de resíduos de agrotóxicos, micro-organismos e outros; e Norma Técnica Específica, Cadernos de Campo e Pós-colheita.
Fonte: MAPA